“O novo brasileiro tem urgência em se reencontrar"
Continuando a dissecar o +B de verão, o conceito do segundo capítulo utilizado pela equipe da ABEST foi como Rose Andrade editora da publicação descreveu no texto de abertura “No tema GPS detectamos a urgência de entrar em contato com a
natureza de maneira saudável. Nela garimpar novas inspirações, fugir da rotina
e criar uma viagem de aventura em busca de nós mesmos e das maravilhas que esse
país oferece, como cachoeiras, dunas, praias, paisagens quase exclusivas.” .
Com esse conceito a equipe da publicação foi até Jalapão no Tocantins
onde criaram uma cartela de cores dourada pelo sol e totalmente conectada com a
nova identidade brasileira. Nesse capítulo da publicação percebe-se uma
preocupação em sinalizar como é o ambiente desse brasileiro miscigenado, se no
primeiro capitulo a construção existiu por causa dos costumes em GPS a conexão
existe com a natureza com o contato entre a flora e fauna com a pessoa como se
o brasileiro estivesse redescobrindo o Brasil a tal ponto que não a necessidade
de mapas ou guias já que o turista vai aonde quer experimentando as diversas
sensações que a natureza provoca.
Nesse
capítulo também há textos um deles muito interessante de Ivan Melo onde o autor
disserta sobre tomada de consciência que a sociedade atual está passando quando
o assunto é a natureza, em seu texto o autor salienta a importância do +B ter
visitado o Jalapão, pois reflete uma vontade da nova sociedade. Em outro texto
na mesma página o autor destaca um dos materiais mais desejados quando o
assunto é artesanato orgânico: capim dourado, em seu texto sobre o material
Ivan tem a sensibilidade de captar a importância dessa material para as pessoas
que vivem na região ele inclusive cita o nome de algumas artesãs como Noemi
Matos, Ana Cláudia Matos e da primeira artesã que utilizou o capim em suas
criações Guilhermina Ribeiro da Silva.
O autor ainda destaca que na região
diferente de outros locais o material é tratado com o respeito necessário sendo
replantado e colhido na época certa e inclusive durante a colheita ocorre uma
festividade. Outro material destacado no texto, mas sem tanta ênfase é o buriti
que também é importante para o artesanato local já que são das “folhas flecha”
ou olho do buriti que são extraídas as “sedas de buriti” utilizadas na costura
das peças de capim dourado.
Se no capítulo anterior os ricos
vestidos de Martha Medeiros foram utilizados para mostrar a mistura de
culturas, em GPS foram utilizadas roupas de Valdemar Iódice presidente da
instituição, essas roupas representam a simplicidade tanto procurada pelo
brasileiro, roupas simples e descomplicadas que tragam a essência de nós
mesmos, ou seja, uma redescoberta pessoal. O já falado capim dourado aparece em
duas imagens que representam exatamente a proposta do capítulo onde a pessoa
não está preocupada com o externo se sim em uma jornada de autoconhecimento em
parceria com a natureza.
Um pouco mais a frente no capítulo
há outro texto de Ivan Melo onde o autor descreve como Dona Miúda (Guilhermina
Ribeiro da Silva) teve a ideia de ganhar dinheiro com suas peças artesanais de
capim dourado, em sua narrativa o autor constrói com riqueza de detalhes os
passos da visionária que enxergando uma fonte de renda extra começou a viajar
para vender as peças ou trocá-las por artigos inexistentes no Jalapão, essa
visão hoje pode ser vista em cursos oferecidos no Sebrae – Tocantins que além de ensinar a costura e fabricação
das peças, também explica a melhor forma de vendê-las no mercado além de como
preservar o capim para não haver extinção desse material.
Assim
como Martha Medeiros, Valdemar Iódice também descreve como é essa nova
sociedade mais simples e sem preocupações para ele essa nova habitante social
procura “Liberdade de estar onde quiser, adaptando-se a novos ambientes,
incorporando experiências adquiridas ao longo da caminhada”.
A cartela de cores sugerida é tão
simples quanto as roupas que foram utilizadas nas fotos ela vem da natureza,
principalmente do capim dourado em harmonia com outros tons oferecidos pelas
paisagens do jalapão como os verdes lavados e azuis que contrastam com as dunas
de tons terrosos que só existem por causa do sol intenso da região.
(Fotos retiradas do site da ABEST)
Nenhum comentário:
Postar um comentário