segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Moschino: Inverno 2014

Um Fast Food Pop Fashion Irônico


            É assim que pode ser definida a 1° coleção de Jeremy Scott para a italiana Moschino desfilada na semana passada em Milão. Depois de Rossella Jardini homenagear a Inglaterra em seu último desfile de inverno, Jeremy resolveu jogar todas as convenções para o lixo criando uma moda colorida, popular e de fácil aceitação.

            Para isso ele simplesmente pegou ícones da cultura pop americana e os transformou em roupas, não como a Rodarte que estampou os personagen de George Lucas em seus vestidos. Mas sim como Jeremy o estilista dos calçados Adidas com asas, portanto quem esperava uma volta da Moschino divertida e irônica teve exatamente isso na passarela, utilizando-se das cores do McDonald’s a marca apresentou tailleurs, moletons, vestidos e casacos com o corte de roupões.


            Só isso já seria suficiente, entretanto também houve espaço para a crítica através de looks com estampas de vaca, mostrando realmente que o inverno da marca é um fast food fashion. Além das grandes cadeias de comida, Jeremy também aproveitou para reverenciar a cultura pop no geral, com estampas da cerveja Budweiser, Bob Esponja e Bon Gouter que apareceram em diversos looks alternados com a logomania reverenciando os anos 90.


            Se havia alguma dúvida da criatividade da Moschino, ela foi esquecida com o desfile pop alimentício nutricional que Jeremy Scott apresentou em Milão, mostrando que ainda há espaço para criatividade e ironia no mundo da moda, que atualmente só liga para o lucro e perdeu o bom humor. 


(Fotos retiradas de: Lilian Pacce)

Joulik : Inverno 2014

O atemporal  2014 da Joulik.


            É assim que pode ser definida a coleção de Karen e Katiúscia Moraes, e não é apenas no estilo, mas em todos os sentidos. Inspiradas por esse verão atípico a dupla resolveu estudar as razões de um clima tão diferenciado, que alterna momentos de calor extremo e frio forte como um outono a brasileira.

            Para representar essas mudanças abruptas foram utilizadas as cores: bordeaux e roxo, coordenadas com tons de verde esmeralda, amarelo e preto, além de paetês, vidrilhos, miçangas, canutilhos, spikes, tachas, chatons e strass. A 1° vista pode parecer meio complexo, entretanto a nossa temperatura não é exatamente assim? O instigante além das cores e materiais foi a maneira com a qual Karen e Katiúscia trabalharam as cores e tecidos criando referências as quatro estações.


            Há desde o dourado característico do verão ate as gotas de chuva que foram materializadas em franjas, há também as flores da primavera e as folhagens do outono caracterizando os outros temas presentes. As modelagens também mereceram uma atenção diferenciada assim como a linha UNIK de peças numeradas e limitadas. As estilistas ainda propõem para o inverno 2014 moletons bordados, leggings, saias midi em veludo e casaquetos em novas modelagens como a da jaqueta perfecto.

            Criando um inverno atemporal, autoral e autêntico tal qual o nosso clima tropical, que a cada ano fica mais diferenciado e único.


(Fotos: Divulgação)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Baile da Vogue 2014: Tropical Couture

Um Carnaval de Boutique


            Seguindo o tema da edição de fevereiro com Cara Delevingne e os Leleks fotografados no Rio de Janeiro, ontem à noite o Hotel Unique sediou mais uma edição do Baile da Vogue. Esse ano o tema da festa foi Tropical Couture, com show de Preta Gil e Ivete Sangalo como madrinha, que por causa de uma gripe não esteve presente. O figurino mereceu um destaque especial, já que o baile da revista é a “abertura” do carnaval paulistano e reúne várias celebridades e estilistas.



            Por causa disso é sempre divertido ver as “fantasias” grifadas do evento, esse ano as convidadas alternaram o design brasileiro com o internacional. Entre os vestidos usados estavam os de Rodrigo Rosner, Vitor Zerbinato, Walério Araújo, Patrícia Bonaldi, Christian Dior, Miu Miu, Reinaldo Lourenço, Martha Medeiros, Givenchy, Lethicia Bronstein, Valentino, Lino Villaventura, André Lima, Vitorino Campos, Trinitá, Thomaz Azulay entre outros. Só por essa seleção de estilistas o evento já se torna célebre, entretanto há também equívocos.


            Sabrina Sato, por exemplo, utilizou um macacão bordado Trya bordado por Patrícia Bonaldi fazendo alusão a Pantera Cor de Rosa, sem dúvida foi uma fantasia impactante, cafona mais impactante no mau sentido. Mirella Santos foi outra que se equivocou no tema, nada contra a figura, entretanto sua fantasia de gueixa parecia deslocada ou até a própria Mirella estivesse só que algo ali não encaixava. Como todo baile também houve as belas do evento, Barbara Paz foi uma delas utilizando um vestido de Reinaldo Lourenço a atriz era o retrato de um carnaval moderno sem necessidade de grandes produções ou alegorias, era como se Barbara tivesse se arrumado sem o mínimo esforço, e a Tropical Couture não seria exatamente isso?


Alessandra Ambrósio, Preta Gil e Lea T são outras que encaixam na categoria de glamour sem esforço, a 1° foi de Roberto Cavalli e também parecia se vestir sem esforço só o vestido já marcaria presença suficiente, mas Alessandra o adornou com uma delicada coroa de flores dando um toque tropical. Preta Gil sem comentários, ela realmente encarnou o tema da festa como sempre a cantora foi autêntica em seus dois figurinos, o mais interessante é que Preta consegue se fantasiar sem parecer piegas ou cafona, o look de Thomas Azulay era tropical couture na medida certa. Lea T como sempre vestiu Ricardo Tisci para Givenchy, como uma baiana do século 21 a modelo era o retrato tropicalista de um país plural e moderno, o vestido de renda em camadas só acentuava a beleza de Lea, além de combinar com os acessórios “rústicos” e o arranjo de cabeça utilizado pela modelo.

Mais que um baile carnavalesco, o evento de ontem mostra a versatilidade da moda brasileira. E como os criadores se superam a cada ano criando roupas inesperadas como a de Valesca Popozuda por Walério Araújo.


(Fotos retiradas de EGO e Vogue Brasil)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

3° Vale Fashion Blogs (Parte II)

“Quem Faz a Foto é o Fotógrafo”


            Após a mesa de blogueiros, houve um pequeno desfile das marcas Yafá e Jú Guimarães, produzido por Bruna Tau. A proposta de juntar o desfile com as palestras foi interessante já que não deixou o clima monótono e cansativo, dando uma descontraída já que o assunto da próxima palestra seria bem complexo.

            Respaldada pelo Senac a próxima profissional a tomar a frente foi Patrícia Gil que é professora da pós graduação e graduação da instituição em São José Dos Campos, sua palestra basicamente dizia qual o comportamento do gestor de comunicação nesse novo panorama. Isto é quais são os anseios desse profissional, e também os deveres já que tudo é uma via de mão dupla. A 1° vista pode parecer estranho tal palestra, entretanto os blogueiros tem um importante papel não só de emissor de informação, mas também de gestor, por essa razão é importante uma palestra que aborde esse aspecto.

            Patrícia foi bem enfática em dizer que os desafios atuais para esse profissional, são mais complexos. Por essa razão ela elencou oito desafios para o gestor de comunicação atual indo desde ler os cenários locais e globais, até abrir os caminhos para a informação, essa dificuldade acontece pois a sociedade mudou em muitos aspectos não estamos mais na era da marca como nos anos 50, e sim na era do valor.




Encerrando a manhã, Armindo trouxe uma palestra significativa para as realizadoras de look do dia. Chamada de Fotografia para blogs de moda a explanação realizada pelo fotógrafo Julio França, trouxe um pouco de tudo. Inicialmente o profissional não deu dicas apenas e sim explicou o processo, além de contar um pouco de seu case de sucesso. Julio foi enfático em afirmar que não é a câmera que faz o fotografo e sim o inverso, portanto não é obrigatório que o blogueiro tenha o mesmo equipamento que o Jacques Dequeker ou Bob Wolfenson, além disso, ele deu algumas dicas sobre luz e iluminação. Vocês sabiam que dá para usar um isopor como rebatedor de luz? ele também explanou sobre a importância do instagram e photoshop já que ambos através de seus filtros corrigem imperfeições e deixam a foto esteticamente mais “bonita”.

O profissional deu outras dicas como o uso do wordpress e do IFTTT, no caso do primeiro é por causa do formato receptivo a imagem. Segundo Julio diferente do blogger o wordpress permite uma edição imagética maior, e o IFTTT é um site/aplicativo que te auxilia na atualização imagética de seu blog através de um simples toque, isso é muito bom já que você consegue alimentar seu blog na rua através de um smarphone, deixando o veículo sempre alimentado mesmo que você não esteja diante de um computador.



Embora esteja na 3° edição o Vale Fashion Blogs, serve como uma interessante lição a um grupo de pessoas que acredita na futilidade da moda e na “vagabundagem” de blogueiros. Armindo Ferreira em um dia só mostrou todas as facetas de um mercado em franca expansão, além de exemplificar que o sucesso dessa área depende unicamente do profissional. Esse evento também divulga o efervescente mercado do Vale do Paraíba, mostrando que os blogs de moda hoje em dia estão em todos os lugares, e não só na "Primeira Prime Network de Blogs de Moda do Brasil" como dizem por ai. 


(Fotos Instagram @Rodolfoalves_)

LETAGE: Inverno 2014

Selvageria sob medida.


Vai ser assim o inverno 2014 da Letage, inspirado em animais selvagens, a marca trouxe para a estação todas as características que a fizeram famosa. Entretanto para não cair no lugar comum a marca de Rodrigo Bonfiglioli explorou outras facetas interessantes.

            Essa exploração começou pelas texturas que foram combinadas com seda pura e fios metalizados criando outras sensações visuais e táteis. Ainda sobre o mesmo assunto a marca ainda trabalhou o 3D em algumas peças, além de utilizar o couro cortado a laser imitando a renda guipir.


            A estrutura também merece um destaque, com o intuito de atingir diversas mulheres a marca trabalhou diversas sugestões, indo desde a skinny até os mais amplos como o godê e trapézio. Por trabalharem com muitas texturas e couros diferentes a cartela de cores se manteve neutra, no inverno a Letage apresentará branco, preto e cinza com algumas intervenções de rosa, azul, roxo e verde além das estampas de animal que fizeram a fama da marca.

            Além disso, a Letage também se destaca pelos detalhes, que nessa estação estão a cargo de tachas, correntes e ilhoses dando um aspecto roqueiro para a selvagem mulher da marca. Tudo isso sem perder a elegância característica do DNA da marca, que combina couro com seda entre outros nobres tecidos. 


(Fotos retiradas de Drops Magazine e Essa Moda Vai Pegar)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

3° Vale Fashion Blogs ( Parte I)

“Blogueiros são formadores de opinião”


            Essa foi à constatação depois do Vale Fashion Blogs no fim de semana passado. Não que tivesse alguma dúvida, entretanto o evento organizado por Armindo Ferreira se propõe a mostrar que o mercado de blogs de moda, é muito mais que só esmalte, look do dia ou achados de beleza.

Para isso ele trouxe um grupo de palestrantes de peso, a 1° palestra foi de Danuza Machado a representante do SEBRAE para o Vale do Paraíba. Com o título de empreendedorismo a profissional explicou as características desse profissional, e explicou o porquê de o blog também ser uma pequena empresa. É interessante observar que de uns tempos para cá cada vez mais blogs estão virando sites e assim por diante, além de seus editores de conteúdo também serem assunto além de seus próprios conteúdos.

Danuza Machado na palestra do SEBRAE

Para mostrar que isso é uma realidade o organizador realizou posteriormente uma mesa com alguns blogueiros da região, foram eles: Bruna Tau, Alex Cursino, Ale Santos e Débora Fernandes. Cada um deles exemplificou seus cases de sucesso e explicaram o porquê se tornaram assunto. Engana-se quem imagina que todos beberam da fonte de Alice Ferraz e o método Thássia Naves, Mariah Bernardes, Lalá Rudge, nenhum dos participantes faz o famigerado look do dia. Até por isso foi interessante, no caso de Alê Santos é um blog especializado em moda para negros, ou seja, o nicho do nicho o que torna seu case mais interessante ainda, justamente pela dificuldade de assunto para esse público. Entre os assuntos abordados na mesa houve o famigerado jabá, nesse ponto a unanimidade aconteceu. Todos se pronunciaram condenando essa prática e dizendo que cabe ao blogueiro se impor e não aceitar esse tipo de “agrado”.

Mesa Blogueiros: Bruna Tau, Ale Santos, Armindo Ferreira, Débora Fernandes e Alex Cursino

Quanto à influência nos leitores, Débora foi enfática quando disse que cabe a ele ter bom senso, isso significa que não é por que fica bem no editor de conteúdo que fica bem nele também. Nessa parte colocarei um adendo pessoal, é o mesmo caso de Gabriela Pugliesi que sugere produtos que funcionam no seu corpo, e não nos seus leitores. Por falar em público os blogueiros disseram que as parcerias se tornam mais fáceis quando se define o público, pois assim as marcas que se identificam procurarão seu veículo para anunciar e realizar parcerias. É importante pensar nisso até porque o blog de moda trabalha com vaidade, e o público alvo é regido por esse “pecado capital”, entretanto como afirmaram no final do debate não importa o número de seguidores e sim o conteúdo.


(Fotos instagram @Rodolfoalves_)

LFW: Marques'Almeida

O Lado Português da Inglesa Cool.



            É exatamente isso que significa a marca Marques’Almeida, que recentemente desfilou na semana de moda de Londres. Lendo no site Petiscos vi que a marca é criada em parceria por Marta Marques e Paulo Almeida que estudaram moda em Portugal, e depois foram se aventurar em Londres onde trabalharam com Vivienne Westwood, para em 2009 realizarem uma especialização na Central Saint Martins uma das mais tradicionais escolas de moda da Europa.

            A marca só veio surgir em abril de 2011 apresentando duas coleções na Fashion East que se propõe a divulgar novos estilistas, essa organização de Lulu Kennedy conta com Mandi Lennard e Nicola Fornichetti na curadoria de moda, Mandi na feminina e Nicola na masculina. Para o inverno 2014, a terceira coleção sem o apoio de Lulu Kennedy e a Fashion East a marca apostou na releitura do jeans, dando um aspecto anos 90 a essa peça tão comum no guarda roupa cotidiano.


            Mas não foi só simplesmente jeans na passarela, para quebrar a monotonia a marca combinou o bruto com o suave misturando-o com sedas, cetins e golas de pele, essas golas deram um aspecto glamouroso e desencanado na medida para as inglesas descoladas. Um detalhe interessante foi que a marca só trabalhou com peles falsas que colaboraram para o oversize de boutique proposto pela dupla, esse aspecto veio de Patti Smith e seu livro Só Garotos servindo como o contraponto perfeito ao minimalismo do Topshop space onde foi o desfile.


A dupla atualmente faz parte do coletivo Newgen da Topshop em parceria com o Conselho Britânico de Moda que há 10 anos auxilia os novos talentos da moda inglesa. 


(Fotos retiradas de: Petiscos)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

LFW: Issa London

Issa adere ao conforto prático



            Depois da saída de Daniella Helayel, muito se perguntou como Blue Farrier ia manter a magia da Issa London. Magia essa que conquistou desde Madonna a Kate Middleton, portanto o desfile realizado ontem foi uma prova de fogo indigesta, entretanto bem interessante.

            Ao invés de manter a feminilidade de Daniella, a nova estilista subverteu todas as regras possíveis e imagináveis, criando o que pode ser definida como uma coleção confortável e prática. Isso se explica pelas peças intercambiáveis, percebe-se que Farrier não procurou reinventar nada e sim que ela seguiu o mesmo caminho da nova estilista da Huis Clos e visitou o arquivo da Issa.




            Essa visita ao acervo estava diluída em toda a apresentação, através de vestidos largos e práticos e macacões. Se na modelagem não houve inovação isso se deu nas cores, Blue Farrier as misturou criando novas configurações visuais instigantes.


            Além das cores sólidas, a coleção da Issa também trouxe florais estampados, entretanto ao invés de recriações as roupas apresentavam flores pintadas diretamente no tecido o transformando em uma tela. Se havia alguma dúvida de Blue a frente da Issa, ela foi sanada ontem. Embora criando alguns looks exóticos ao estilo “cobertor” inglês, a estilista conseguiu dar andamento ao brilhante trabalho de Daniella Helayel quase sem nenhum tropeço. 


(Fotos retiradas de FFW)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

LFW: TopShop Unique

O Básico Sempre Faz Sucesso


Foi essa a ideia que passou o desfile da Topshop unique na semana de moda britânica, desfilando antes de Vivienne Westwood a fast fashion não inovou. É interessante observar que a marca não propôs nada novo ela apenas revisitou e reforçou as tendências vistas nas semanas de moda anteriores.

Porém não deixa de ser instigante o desfile da Topshop, utilizando-se de referências já vistas a marca mostrou a razão de ser uma das queridinhas das jovens britânicas. Estavam na passarela blazers bem cortados, shorts, casacos e bolsas que estarão nas vitrines daqui a pouco.




Outro ponto interessante abordado pela estilista da marca foi a feminilidade, embora não vista durante o irregular desfile sempre havia o perfume feminino. Essa sensação era vista claramente nos visuais mais descomplicados que continham estampas e transparências e foram combinados com elegantes golas de pele para o frio europeu.

Por fim o desfile também trouxe o animal print, com direito a casaco longo de cobra. Embora um pouco over não deixa de ser uma proposta interessante e até um pouco crítica, de uma industria que utiliza o couro desses animais na fabricação de roupas e acessórios. A marca também propôs alguns looks para a noite esses sim totalmente femininos com bordados e transparências que no desfile apareceram com sapatos sociais estilo masculino, quebrando o espírito lady inquebrável das transparências.




            Por mais que seja uma fast fashion, o desfile apresentado ontem só reforça a filosofia de moda da Topshop, que vai além da inspiração e cópia apenas, chegando de fato a uma criação autêntica e com a cara da cliente da marca ao redor do mundo.

(Fotos retiradas de FFW)

LFW: Vivienne Westwood Red Label

A Desconstrução de Miss Westwood.



Esse foi o mote da coleção desfilada por Vivienne Westwood, a estilista que fez Naomi Campbell cair em seu desfile. Ao invés de uma coleção anárquica como seus sapatos a inglesa resolveu desconstruir os ícones da moda britânica, começando pelo trench coat.

O clássico de Thomas Burberry abriu o desfile com seu porte clássico, entretanto durante a apresentação ele apareceu de diversas maneiras e comprimentos. O instigante, porém foi que Vivienne não se restringiu a uma peça, ela combinou o clássico com o moderno, combinando o trench com hot pants e saias pregueadas dando um refresco ao clássico da moda britânica, de diversas maneiras.



Entretanto Westwood apresentou outras peças interessantes, como camisas de seda estampadas e as meias também estampadas dando um toque divertido ao desfile, mas como todo desfile dela houve espaço também para referências a realeza britânica através de um look que unia a malha com uma saia estruturada como as antigas utilizadas por Elizabeth segunda, com direito até a uma faixa vermelha semelhante a usada pela rainha da Inglaterra.

A estilista também trabalhou com alfaiataria, apostando em um estilo masculino desconstruído e adaptado aos anseios femininos. Como se pode perceber Vivienne Westwood a cada estação consegue com maestria e inovação reciclar-se sem perder a essência britânica, que alia tão bem o punk que rompe fronteiras e estilos com a burguesia real existente.


(Fotos retiradas de FFW)