sexta-feira, 29 de novembro de 2013

C&A Collection: O Melhor de Lenny Niemeyer

A Praia chic de Lenny visita a C&A


Como o blog adiantou a alguns dias, estilista Lenny Niemeyer é a nova parceira da C&A nesse fim de ano. Com 20 anos de carreira, a estilista é uma referência em moda praia, é justamente esse luxo que estará nas araras da loja a partir do dia três de dezembro. E também na campanha com Laura Neiva, a menina dos olhos de Karl Lagerfeld, em fotos de Eduardo Rezende e styling de Daniel Ueda.

            “Acho que foi muito bacana, trazer esse DNA da Lenny para a C&A para democratizar um pouco a marca. Ver que aquela mulher sofisticada pode estar também no nosso dia a dia”, explica Rezende. Para isso, foram escolhidas peças clássicas da marca. Segundo a gerente de marketing Flávia Leal as araras da C&A receberão as peças mais representativas desses 20 anos de Lenny, além de alguns itens exclusivos.

Esse cuidado pode ser visto nos pequenos detalhes de cada peça, mostrando que o capricho da designer está presente tanto na Lenny quanto na C&A. Outro detalhe que chama a atenção nessa coleção são as estampas, inspiradas em paisagens tropicais, pássaros, jasmim, serpentes entre outras coisas, além disso, Lenny Niemeyer desenvolveu uma estampa exclusiva para a marca holandesa.

Os acessórios também merecem uma observação apurada, fazendo um contraponto com a exuberância característica da estilista, houve a criação de acessórios rústicos com penas, spikes, e escamas. Embora a coleção seja voltada para uma grande rede de moda, a pesquisa têxtil foi primorosa, estarão na coleção os mesmos tecidos da Lenny, além de renda, jersey, linho, tricoline com elastano, chifon creponado e crepe de chine só para citar alguns.

Diferentemente das outras coleções, as crianças também poderão escolher seus modelos, já que a estilista criou uma série de maiôs, biquínis e saídas de banho para as meninas também absorverem o estilo de vida descompromissado, porém elegante de Lenny Niemeyer.

(Fotos Divulgação)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

The Little Black Jacket: A Exposição

A Reinvenção Desconstruída de um Clássico de Moda


            Há algum tempo falei da exposição The Little Black Jacket, que viria a São Paulo e ficaria na cidade durante o curto período de um mês. Portanto nada mais natural que eu fosse visitá-la tive a oportunidade de ir duas vezes e não me arrependo.

            Concebida por Karl Lagerfeld e Carine Roitfeld, a exposição minimalista apresenta uma série de fotografias onde o foco principal se concentra na famosa e icônica jaqueta de tweed preta criada por Coco Chanel pós 1° guerra. Porém o fascinante não é a peça em si, e sim a maneira que ela é utilizada, para alguns a jaquetinha preta é um ícone de realeza, para outros é apenas uma jaqueta qualquer no armário, a exposição mostra que independente do uso a jaqueta se adapta em qualquer tempo e ambiente.


            Para contar essa história Karl e Carine, recrutaram um time de colaboradores plural e contemporâneo, desde Yoko Ono, celebridades asiáticas, modelos como Linda Evangelista e Ines de La Fressange, Sarah Jessica Parker e até Anna Wintour a que só vestia Prada aparece na exposição de costas dando total destaque ao casaqueto.


            É importante salientar que as fotos aparecem não apenas uma vez, mas diversas vezes durante a visita, elas aparecem em grandes ampliações coloridas, ou em negativo e ainda em vidro, mostrando não apenas a versatilidade da peça, mas sim as diversas propostas visuais para uma mesma imagem.

            E um destaque especial a gentileza da Chanel, que no fim da exposição presenteia os visitantes com quatro fotos em tamanho pôster da exposição, como um brinde exclusivo. Infelizmente o livro The Little Black Jacket não está a venda na Oca. Destaque também para o ambiente criado por Oscar Niemayer, além de ser um clássico da arquitetura, o minimalista museu da cidade salienta ainda mais as fotos provocando um interessante contraste entre o branco das paredes e as múltiplas colorações das imagens de Karl e Carine.


            A exposição acaba nesse domingo, se você ainda não foi dê um jeito e vá, pois é imperdível tanto para os fotógrafos quanto para os amantes de moda. 

R.Rosner: O Velho Oeste Gótico

A desconstrução de Rodrigo Rosner

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            Já falei aqui nas outras temporadas sobre a marca R.Rosner, desde o seu 1° desfile sempre admirei seu trabalho como designer. Entretanto nessa temporada Rodrigo não desfilou seu inverno 2014, porém ontem foram divulgadas as fotos da coleção com ideal feminino do inverno, personificado pela publicitária Julia Petit e a maquiadora Vanessa Rozan em fotos de Debby Gram.

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            Com o tema western, o estilista desconstruiu toda a identidade familiar, criando um velho oeste gótico e lírico. Embora o conceito oeste esteja muito presente essa não foi a única referência, Rodrigo visitou também uma das divas desse movimento a cantora Dolly Parton e sua música Jolene, se na canção a moça era uma que enfeitiçava os homens com a sua beleza, na versão de Rosner a mesma mulher se apresenta como uma feiticeira  lírica que enfeitiça com pequenos detalhes e sutilezas.

            Da coleção destaco a acertada cartela de cores que conseguiu unir cores análogas e criar uma linguagem própria. Essa coleção pode ser definida como uma síntese de todo o trabalho de Rodrigo, já que há os elementos recorrentes em seu trabalho, sejam os brilhos, volumes ou os tecidos leves, acho muito instigante a sua construção visual, pois ele consegue ousar sem parecer desesperado ou ansioso por atenção.

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          É possível ver ainda uma evolução em seu trabalho, ao invés de se abrigar no rococó e barroco como outros estilistas, Rodrigo procura criar uma roupa de festa limpa, com pequenos detalhes que fazem toda a diferença, o seu inverno também funciona como um contraponto ao dramático desfile da SPFW de verão 2013, se naquela ocasião a mulher da marca estava fragilizada, agora ela está mais segura de si mesma e também mais forte e enigmática.

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(Fotos Retiradas de CHIC)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Uma Reflexão sobre a Moda

As diversas faces práticas e intelectuais de um mesmo assunto


            É assim que posso definir o 2° Palavras de Moda do Centro Universitário Belas Artes. Organizado pelo curso de design esse evento tem a proposta de apresentar o curso de moda para os ingressantes, só por esse conceito já seria muito bom. Entretanto a instituição foi além com uma programação extensa e instigante.

            Não se restringindo apenas a criação, o evento desse ano que será realizado dias 28 e 29 de novembro, enfoca o mercado de luxo, a comunicação, styling entre outros desdobramentos do assunto moda. Para isso a instituição convidou além de seu corpo docente, profissionais renomados como Rose Andrade (coordenadora do livro de tendências Inspiração Brasil + B da ABEST), Silvana Holzmeister (editora da CAT Magazine), Daniela Falcão (Vogue Brasil), Simone Esmanhoto (Editora Abril e Woman Wear Daily), além de especialistas do Instituto Marangoni entre outros lugares.


            E o mais instigante do evento é que não são só palestras, há também alguns workshops na programação como o de Styling que será ministrado por Alexandre Perroca e o de jornalismo de moda por Silvana Holzmeister, portanto se você gosta de moda e principalmente tem curiosidade sobre o assunto, recomendo ir a esse evento, já que haverá tanto o lado prático da profissão quanto o intelectual. 

Segue a Programação do Evento, e para mais informações acesse o site da Belas Artes também:

Quarta-feira (27/11)
9h às 10h - Debate: Mercado Editorial de Moda
Kathia Castilho ( Editora Estação das Letras e Cores)
Profa. Dra. Carol Garcia (NAU E Belas Artes)
Profa. Ma. Silvana Holzmeister (CAT Magazine)
Especialista Marta Magri (Senac)
Profa. Dra. Leila Rabello (Belas Artes)
Local: Espaço Multiuso

10h às 11h – Palestra: A Revista Vogue – Bastidores da Bíblia da Moda
Daniela Falcão (Editora da Revista Vogue)
Local: Espaço Multiuso

14h às 17h –Workshop: Styling – Lucius Villar e Alexandre Perroca
Local: Laboratório de Moda 1S

14h às 17h – Workshop: Jornalismo de Moda – Silvana Holzmeister
Local: Laboratório do 4º andar

19h30 às 20h15 – Lançamento do livro “Infrobrands: Marcas, Ideias e Afins”
Bate-papo com a autora Márcia Auriani – Tema: “Marcas, Marketing e Design na Gestão de Negócios”
Local: Espaço Multiuso

20h15 às 21h – Pré-lançamento do livro “Estrambólico”
Bate-papo com o autor Jota Erre (Banco do Brasil) – Tema: “Coolhunting”
Local: Espaço Multiuso

21h05 às 22h10 – Palestra: Design Thinking
Luiza Bomery – Instituto Maragoni
Local: Espaço Multiuso

Quinta-feira (28/11)
8h30 às 9h30 – Palestra: Mídias Digitais e Comunicação de Moda
Karina Kotake (Kok Fashion Lab)
Local: Espaço Multiuso

9h45 às 11h – Palestra: Fashion Accessories – Processo Criativo e Gestão
Clothilde Dupond (designer francesa do segmento de acessórios)
Local: Espaço Multiuso

14h às 17h – Workshop: Styling – Lucius Villar e Alexandre Perroca
Local: Laboratório de Moda 1S

20h às 21h – Debate: Moda e Comunicação – O Mercado de Luxo
Adriana Marmo (Jornalista freelancer da Editora Abril)
Simone Esmanhoto (Editora da Veja Luxo e correspondente do WWW (Women Wear Daily)
Profa. Ma. Suzy Okamoto (mediadora)
Local: Espaço Multiuso

21h às 22h – Palestra: Processo Criativo – das Referências ao Projeto Final
Rose Andrade
Local: Espaço Multiuso

(Foto e Programação retirada de: Belas Artes

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Tranzação: Alto Verão 2014

Um desfile colorido, simples e eficaz.

Penha, Aline e Osmar
            É assim que posso definir a apresentação de alto verão das lojas tranzação. De propriedade de Penha, Osmar e Aline Cardoso, a loja foi reinaugurada na quarta feira com um coquetel e desfile. Poderia ser mais um evento comum com comidinhas e bebidinhas, porém a loja foi além propondo para os convidados um desfile de suas tendências para o verão.


            Uma produção conjunta de Dani Manna e Aline Cardoso, ele foi um ótimo cartão de visitas, já que mostrou em looks as apostas da rede para a estação, usando a divisão de blocos elas mostraram diversas opções que se encaixam em variadas ocasiões. Com o intuito de quebrar a aparente monotonia do desfile a marca recrutou dois bailarinos, os quais entraram em momentos chaves da apresentação.


            Entre as peças mais instigantes, estavam os longos com toda sua versatilidade, destaco ainda as calças flúor que tem tudo para ser tendência nesse verão.  

(Fotos retiradas de Caderno W

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Um Tributo a Isabella

Londres apresenta a irreverente Isabella Blow



            A moda é feita de grandes personalidades e personagens, podemos citar Anna Dello Russo, Anna Wintour, Regina Guerreiro, Costanza Pascolato, Gabriella Pascolato, Diana Vreeland entre tantas outras. Porém antes da febre de visuais ousados disseminada por Lady Gaga, Nicola Formichetti e Anna Dello Russo, houve Isabella Blow influente jornalista de moda e ícone de estilo.

            Falecida em 2007, a jornalista recebe uma elegante homenagem a seu estilo extravagante. Organizada pela Central Saint Martins College of Arts and Design em parceria com a Isabella Blow Foundation e a modelo Daphne Guinness, a mostra revisita todo o guarda roupa dessa mulher que além de influenciar a moda através de Phillip Tracy, também revolucionou a linguagem de moda como a conhecemos hoje.



Infelizmente ela nunca chegou a ser uma editora, nenhuma revista “apostava” no seu ousado estilo de criar a moda, entretanto ela influenciou até a diaba que veste Prada, já que Isabella foi uma das assistentes de Anna Wintour na Vogue americana. Além de ter sido diretora da revista Tatler e ter trabalhado com Michael Roberts na década de 80 quando ele era diretor de moda da referida publicação e do caderno “style” do Sunday Times britânico. O mundo editorial parecia suficiente, mas Isabella foi além sendo consultora de marcas diferenciadas como a Swarovski e Lacoste.

Ainda em vida ela foi homenageada na exposição “When Philip met Isabella” que passava a limpo através de desenhos a relação entre ela e o chapeleiro Phillip Tracy, que criou os mais diversos adornos de cabeça para a impactante Isabella, podendo ser tanto um dente de crocodilo ou uma lagosta.

Infelizmente Isabella faleceu, porém seu estilo fica e até hoje inspira as “futuras” ícones de moda não é mesmo Lady Gaga?



Isabella Blow: Fashion Galore! at  Sommerset House:  De 20 de novembro de 2013 a 14 de março de 2014


(Fotos Retiradas de Grazia Daily e Somerset House)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Osklen também é Clonaldi?

Rony Meisler aponta “clones” na marca de Oskar Metsavaht

Cópia? Inspiração? Cores similares?

            Depois de um desfile “indigesto”, parecia que a Reserva tinha acertado os ponteiros, porém não foi isso que aconteceu. No ultimo final de semana depois de um comentário de Oskar no seu instagram pessoal onde ele dizia “É dar espaço para marqueteiro de esquina” e “O pior é a mídia que dá espaço”, Rony resolveu abrir o bico.

Utilizando-se o Facebook, como ocorrido no seu desfile no Fashion Rio, o CEO da Reserva destilou um ódio, imaturo e infantil, apontado semelhanças entre a Osklen e grifes de renome, entre elas: Givenchy, O Estúdio, Prada. No texto Rony ainda diz com todas as palavras que a cabeça criativa por trás do nome Osklen, não é o Oskar e sim Juliana Suassuna que de acordo com ele por causa da vaidade não foi “apresentada” oficialmente.

Cópia? Inspiração? Cores similares?

            É interessante observar que a própria Reserva copiou há seis anos um casaco de Junya Watanabe, de acordo com Rony na época eles assumiram a “clonagem” do modelo, porém essa briga parece mais uma mágoa mal curada dele. Outro ponto que chama a atenção é que o CEO disse que Oskar estava com “preocupado” com a marca EVA uma parceria da Reserva e Luciano Huck, será mesmo preocupação?

            Destaco também a atitude da esposa de Rony Meisler, que tão infantil quanto o marido, disse que Oskar criava roupas de astronauta, mas vivia de vender bermudas de praia, e que arte por arte ela preferia a real e não a afetação do mundo da moda.


            Agora a pergunta que fica, será ou não uma mágoa de a Reserva nunca ter conseguido o sucesso da Osklen? Ou de fato Oskar Metasavaht é uma versão masculina de Clonaldi? Afinal inspiração em cores é uma coisa diferente de copiar exatamente não é? 

(Fotos retiradas do Facebook de Rony Meisler) 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Alto Valor do Fast Fashion

Um preço “High” em um produto “Low”


            Moda é uma coisa boa e todo mundo gosta não é mesmo? Imagino que sim, porém você pagaria um preço “high” por uma peça de loja de departamentos? É o que o mercado tem pensado, ontem estive na C&A para ver a coleção assinada por Roberto Cavalli, não estou botando em cheque a criatividade desse estilista, e muito menos a reputação dele, porém cobrarem 300 reais por uma camisa em loja de departamentos? Não é um pouco demais?


Vestidos Roberto Cavalli para C&A por 799,00

            Além de que será que tem a mesma qualidade da boutique dele nos jardins? Possivelmente não, agora caro leitor pense um pouco será que vale o investimento? A C&A já realizou outras parcerias com Anne Fontaine, Stella McCartney, Farm, Adriana Barra, Amir Slama e Issa London só para citar alguns, eram peças de design com valor agregado, mas não proibitivo. Desde que me conheço como jornalista de moda, a função de uma C&A, Riachuelo, Renner sempre foi democratizar a moda para a população tornar acessível a tendência vista em uma SPFW ou Fashion Rio.


            Mas ultimamente essa via tem se tornado confusa, como a Riachuelo abrindo uma loja conceito em plena Rua Oscar Freire em São Paulo, isso não é ruim, mas será que o consumidor está preparado para os preços “high” dessa nova era das lojas de departamento? Além de quê vale a pena um investimento tão grande em uma peça só por causa da assinatura? Isso não ocorre apenas aqui recentemente Isabel Marant assinou uma coleção para a H&M, com uma série de regras de venda a coleção sumiu em minutos das araras. Indo diretamente para o Ebay onde uma bota assinada por ela valia o triplo do valor praticado na H&M, valeu a pena o sufoco, a fila e o tempo contado só pra revender a peça? Se por um lado as linhas assinadas permitem que uma maior quantidade de gente utilize um estilo de vida, por outro cabe ao público pensar no custo benefício, será que vale tudo isso?


(Fotos retiradas de Tá Na Moda e Vista

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

C&A Summer Collection: Lenny Niemeyer

Lenny leva o estilo praia chique as araras da C&A


            Depois de coleções exclusivas de Amir Slama em 2010 e 2011, a holandesa C&A expande seus domínios na moda praia, dessa vez convidando a estilista Lenny Niemeyer para assinar sua primeira coleção no mercado fast fashion.

            Lenny é uma das pioneiras no quesito praia chique, segue o mesmo estilo de Adriana Degreas, entretanto os biquínis da estilista são mais clássicos e discretos, sem tantas invenções ou detalhes. Tanto que a linha da estilista para a C&A seguirá o mesmo estilo, através da reedição de modelos célebres da marca com os prints tropicais já conhecidos pelos fãs da estilista.


            Estarão disponíveis nas lojas da rede aproximadamente 70 modelos de Lenny, indo desde moda praia até peças do dia a dia, como batas, camisetas, shorts seguindo sempre o estilo resort chique e desencanado que faz sucesso há 20 anos no Brasil.


            Seria suficiente para uma ótima coleção, entretanto diferente dos preços “baratos” de Stella McCartney e Roberto Cavalli, a linha da estilista terá uma faixa entre: 49,90 a 129,00 reais, infelizmente a coleção ainda não está disponível, ela chegará às lojas dia três de dezembro bem a tempo das vendas de natal e réveillon. Então se você gosta de uma moda praia criativa e autêntica recomendo dar uma passadinha na C&A, enquanto isso não acontece veja foto promocional com Glenda Kozlowski e Chris Pitanguy vestindo algumas peças da coleção. 

(Foto Retirada de Christina Pitanguy)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pat Clô Nas Araras da C&A

A preferida das F*HITS visita C&A


            Depois de belíssimas coleções de Daniella Helayel e a Issa, Anne Fontaine, Roberto Cavalli entre outros. A holandesa C&A lança hoje para a imprensa mais uma coleção em parceria com a estilista Patrícia Bonaldi, basicamente o que estará presente nas araras são diversos vestidos bordadinhos com tule transparente e detalhezinhos minúsculos, que cá entre nós não vale o preço investido.

            Para quem não conhece Patrícia Bonaldi, é uma estilista especializada em vestidos de festa, adorada e idolatrada pelas blogueiras que trabalham com Alice Ferraz na plataforma F*hits, entre suas clientes estão a “formadoras de opinião” Lalá Rudge, Lalá Noleto, Nati, Vozza, Thássia Naves entre outras figuras que colocam looks do dia e o mínimo de informação em seus blogs, atualmente a estilista tem duas marcas a Patrícia Bonaldi e a Pat Bo, sendo que a 2° marca é a que colaborou com a C&A.

            Dificilmente coloco juízo de valor nesse espaço, porém nesse post serei obrigado. Não gosto de Patrícia Bonaldi, acho seu trabalho manual interessante, porém nada fabuloso. Há diversos estilistas mais criativos e por que não até mais em conta, acho deveras esquisito que ela tenha todo esse sucesso, de fato se acham a Patrícia criativa o que posso fazer não é mesmo? Destaco também que diversas peças da estilista são “inspiradas” em outros estilistas, faz algum tempo que Titia Shame colocou em sua fanpage um link para o seguinte post “Control C, Control V de Patrícia Bonaldi”, nesse post  ficava explícita a inspiração da mineira a Pierre Balmain, sem contar o Mamãe Quero Ser IT, nesse blog destacavam as inspirações da estilista em grifes estrangeiras como: Sass & Bide e Tom Binns além de Oscar de La Renta entre tantos outros designers.


            Não acho ruim a “inspiração”, porém copiar deslavadamente é ser criativo? Acho que não, muito me estranha que uma marca fast fashion como a C&A faça parceria com alguém tão sem criatividade como Patrícia Bonaldi, te garanto que as consumidoras dessas peças serão as fãs do estilo de vida absurdamente caro das clientes de Patrícia, quanto a isso só posso lamentar.

(Foto retirada do blog Vista-se da C&A)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

As Multireferências do Verão 2014

Um verão simples, quente e não menos elegante.



Semana passada, comentei a coleção de algumas marcas da SPFW, porém estamos no verão então o que fazer e escrever? Esse post não é de nenhuma marca específica, e sim um resumo do que eu já vi e achei interessante para o verão 2014, principalmente na moda praia uma das áreas mais criativas durante esse período de verão.

Entre as primeiras coisas destaco a utilização de couro na moda praia, se anteriormente esse material estava confinado aos climas frios e sóbrios do inverno, em 2014 o couro invade a moda praia, Amir Slama é um dos estilistas que apostaram na mistura entre o couro e a praia criando uma série de maiôs interessantes, que podem ser utilizados tanto na cidade como na beira do mar realizando uma convergência de ambientes.




E não é só o couro que surge na moda praia, as estampas também aparecem, mas esqueçam das clássicas folhagens ou peixes, Renata Gomes da Skinbiquini desenvolveu uma estampa exclusiva de fotos do instagram. Ela uniu o aplicativo de fotos mais popular na atualidade, com uma das peças mais utilizadas no verão dando uma nova cara ao clássico biquíni, isso não quer dizer que não existam as clássicas estampas e sim que agora há espaço para outras temáticas ampliando horizontes e combinações.

            Há outras coisas bacanas nesse mercado como as calcinhas de biquíni, que nessa estação são encontradas em diversos tamanhos e modelagens, e as saídas de praia que nessa temporada poderão ser encontradas tanto estampadas quanto lisas. Sobre isso se fosse para indicar, indicaria as que utilizam telas de artistas plásticos como estampa, já que além de uma peça versátil você tem a garantia da exclusividade. E por fim não destacarei nenhuma tendência, apenas ressalto que quem faz o seu verão é você, e esse post teve o intuito apenas de indicar algumas coisas interessantes para essa estação. 


(Fotos retiradas de: Casa Middas e Vogue Brasil

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Casa Moda: Vitor Zerbinato

Uma Floresta Encantada, Colorida e Feminina


            Para quem acompanha o blog, deve ter lido que antes da SPFW, eu iria ao Salão Casa Moda. Acontece que acabei indo nos dois, porém no evento sediado no hotel Unique, vi a coleção de inverno do estilista José Vitor Zerbinato que na sexta feira participaria do desfile da “Melissa Nation” dentro da SPFW.

            Depois de inspirações em alta tecnologia e belezas marinhas, o designer se inspirou em uma floresta encantada e todos os seus meandros. Isso significa que a coleção contém referências a besouros, aves do paraíso e toda a fauna e flora que existe em uma floresta. Entretanto a floresta do estilista não é tediosa e sim muito colorida, com uma acertada cartela de cores que vai do preto ao pink passando sem dificuldade para o marrom e aplicações de brilho. Outro ponto interessante é que paralelo aos animais dessa floresta o designer também criou uma linha mais tribal/animal, isto é em toda a floresta há pessoas então como elas se vestem? Essa vertente da coleção utiliza-se de preto remetendo aos besouros com aplicações coloridas, inclusive essa linha tribal/animal esteve presente na passarela do desfile da Grendene.

            Destaco também os longos, sempre elegantes do estilista, que nessa temporada surgem com aplicações em lilás e rosa remetendo as aves do paraíso, é como se cada mulher fosse uma ave única e sedutora, inclusive nesse pilar da coleção tem a peça mais incrível, um casaco de penas com detalhes em paetês. Pode parecer uma observação boba, porém é uma peça elegante, marcante e sem dúvidas bem executada, um dos detalhes que chama atenção nessa e em todas as outras coleções do designer é o exímio cuidado que ele tem com a costura e principalmente modelagem, criando uma roupa única e muito bem construída.

            E Finalmente destaco os vestidos com transparência, muitas marcas tem usado esse artifício, mas o estilista consegue transformar um detalhe simples em algo muito rebuscado e que merece uma atenção mais apurada.


(Croquis: Reprodução)

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

SPFW: Samuel Cirnansck

A Rússia inocente e sensual


            Quando Falamos de Rússia, automaticamente nos lembramos de Glasnost, Mikhail Gorbachev e claro das tradicionais bonecas Matrioshka. Porém não foi isso que Samuel apresentou no desfile que fechou a edição de inverno da SPFW, inspirado nesse país e em suas bonecas o estilista desconstruiu a imagem dando um aspecto moderno e sagaz a idealizada mulher da marca.

            O interessante foi que a desconstrução permitiu que o estilista ousasse, trazendo itens modernos e diferenciados para suas mulheres, a passarela pouco lembrava a fragilidade das porcelanas e a aparente inocência das bonecas russas, as bonecas de Samuel apresentavam uma sensualidade incomum e também uma presença diferenciada. Esse toque diferente era visto principalmente nos vestidos curtos, que eram acompanhados por botas gladiadoras mesclando a inocência presente na maquiagem e nas cores com a sensualidade e poder que só um bom salto alto pode dar para a mulher.


            A trilha sonora também colaborou para a atmosfera de sensualidade/inocência, executada ao vivo pela cantora Rebecca Sharp toda em inglês a canção combinou como uma luva para a mulher do designer. E como todo desfile de Cirnansck, o encerramento foi puro deleite com uma série de vestidos de noiva que pareciam feitos em moulage no corpo das modelos e inexplicavelmente sintetizavam toda a coleção já que traziam a sensualidade/inocência que permeou todo o desfile.  Por fim destaco a acertada cartela de cores que se iniciou intensa com o vermelho e posteriormente foi apagando-se até chegar ao branco, foi uma maneira interessante de criar é como se a sensual ficasse recatada até ser enclausurada em uma gaiola de tule assim como a modelo que fechou a apresentação.


(Fotos Retiradas de FFW)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SPFW: Alexandre Herchcovitch (Masculino)

Um cangaceiro punk, unissex e militar.


            Se o desfile anterior se inspirou na elegância e delicadeza das artes plásticas, o mesmo não pode se dizer de Alexandre Herchcovitch que criou um homem no sentido clássico da palavra. Gótico, punk e unissex o homem de Herchcovitch encara a vida moderna como um cangaço e sua roupa é uma armadura de alto valor agregado sendo construída com tecidos tecnológicos.

            A trilha foi um capitulo a parte já que trouxe o Sepultura de Derick Green, o que faz todo o sentido já que a coleção era pesada e estruturada como se fosse um uniforme militar. O interessante é que Alexandre decompôs o cangaço explorando uma vertente densa e inexplorada desse personagem tão estereotipada da cultura brasileira. Embora apresentando a coleção masculina o estilista colocou na passarela três modelos para exemplificar a convergência de sua coleção, foram elas: Geanine Marques da Stop Play Moon, Carol Ribeiro e Ana Cláudia Michels que encarnaram uma Maria bonita gótica e decidida.


            Outro ponto interessante é que embora desconstruída, havia várias referências a figura clássica de Lampião, como a estrela de cinco pontas que nas mãos de Alexandre se transformou em um tricô, o conjunto meia  e legging representando as perneiras  entre outros. Entretanto o destaque principal foi a série de casacos em matelassê com estampas de onça combinadas, pode parecer estranho, mas o estilista conseguiu com muita astúcia combinar o animal com o preto denso e pesado.

            Por fim destaco as saias bordadas que apareceram em alguns looks, pode parecer besteira, entretanto é interessante ver que os kilts de Alexandre tem uma linguagem toda própria não quebrando a atmosfera cangaço, punk militar. Outro ponto interessante foi que o estilista se apropriou da estética militar para criar os trench coats que remetiam aos ingleses da Burberry e aos alemães de Adolf Hitler.



            Faz algum tempo escrevi que Alexandre estava numa encruzilhada, agora após ver o seu desfile masculino tive a constatação que toda a dúvida sumiu. E que ele ainda é o criador que sempre foi. 

(Fotos retiradas de FFW)