quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Por Dentro da Moda: Vivian Whiteman


Olá leitores tudo bem? Então depois dessa febre fashion de SPFW e Fashion Rio volto com a sessão de entrevistas. A qual foi aberta muito dignamente pelas blogueiras Rafaela Meirelles e Fúlvia Moraes do 7- IT Brasil, essa semana quem respondeu minhas questões foi um ícone o qual já falei aqui outras vezes a jornalista e editora Vivian Whiteman, que hoje edita a sessão moda do jornal Folha de São Paulo.

Portanto segue aqui o Por dentro da moda com ela, desde já agradeço a atenção com esse que vos fala.

P- Vivian como começou o seu interesse pela moda? Houve influência de
alguém? Conte um pouco da sua trajetória.

Vivian Whiteman- Desde pequena, minhas tias sempre curtiram roupa, montação. Sempre fez parte da minha vida. Mas comecei a pensar nisso em termos profissionais quando comecei a ler a coluna Noite Ilustrada, da Erika Palomino.



P – Como você chegou até a Folha de São Paulo? Já tinha em sua mente ser editora da sessão de moda?

Vivian Whiteman - Fiz um concurso interno e passei. Comecei como repórter trabalhando com Alcino Leite Neto, um dos melhores jornalistas deste país, que a moda teve a honra de ter. Quando ele foi convidado para outra posição, assumi a editoria e pude fazer minhas próprias experiências.


P: Acabamos de passar por duas semanas intensas de moda primeiro no Rio e depois em São Paulo, dessas duas temporadas o que você tirou de importante? Houve algum designer que chamou sua atenção?

Vivian Whiteman - Foram semanas bem sem graça. De verdade, em termos de imagem, o único desfile relevante foi o masculino de Alexandre Herchcovitch.


P – Durante esse período na Folha percebi que houve um rejuvenescimento da sessão e também uma adaptação de linguagem na versão online, como você empregou isso a serviço da moda?

Vivian Whiteman - Pra mim é natural, meu jeito de escrever, apesar de usar muitas referências teóricas, é bem relax. Acho que é um jeito de chegar perto do leitor, seja qual for à plataforma.


P – E agora antes de finalizar qual a dica que você daria a uma pessoa que gostaria de trabalhar na área de jornalismo. Por onde ela pode começar?

Vivian Whiteman - Pela escrita e pela leitura. Interpretação de texto, estrutura de texto. O mercado está se ampliando, mas é alarmante a quantidade de gente que não compreende minimamente o processo de escrita.


P – Bate bola: Um Ícone, Uma música, Uma Revista e como você se Define?
1- Jacques Lacan
2 - Space Oddity, do Bowie
3 - Uma que eu inventei na minha cabeça
4 - viva

(Foto do autor)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Como se forma um Jornalista de Moda?

Olá leitores, tudo bem? Não costumo aqui indicar muitas matérias ou sites para vocês visitarem se fiz isso foi uma ou duas vezes e hoje vou fazer de novo.

Essa matéria que indico é para todos aqueles que querem trabalhar com jornalismo na área de moda, a indico pelo seguinte eu durante minha formação em moda me encantei com o jornalismo e senti a necessidade de fazer uma faculdade nesse sentido não é a toa que agora estou me formando em jornalismo, se tivesse lido essa matéria antes talvez tivesse feito apenas uma graduação e alguns cursos livres na área de moda.

A Matéria escrita pela jornalista Glória Kalil aponta bem as dúvidas que afligem aqueles que querem trabalhar no meio através de depoimentos das editoras: Erika Palomino, Maria Prata, Lilian Pacce e Vivian Whiteman.

Recomendo, abaixo reproduzo algumas dicas dadas pelas entrevistadas e o link da matéria:

Erika Palomino: "Pensar que os estilistas são antenas do universo, olhe para o mundo em um todo, não só para o mundinho da moda. Moda não é só roupa, é arte, política, economia, rua...".



Vivian Whiteman: "Ter claro que antes de trabalhar com moda, você trabalha com palavras e que elas são fundamentais para se relacionar com o público. Não se pode ter preguiça. Moda é um produto mas não é o mais importante, afinal ela não existiria senão existisse pessoas. Um jornalista de moda não será bom se olhar só para ela, tem que se olhar para o mundo e todos os fatores nele presente: guerras, conflitos, revoluções artísticas".



. Maria Prata: "Tenha conhecimento da área que quer atuar, se é a moda, ter base no assunto é mais que fundamental".


Lilian Pacce: "Curiosidade é uma característica importante, assim como ecletismo, já que a moda transita muitas vezes por vários assuntos".



Link: http://chic.ig.com.br/boa-vida/noticia/moda-ou-jornalismo-quatro-editoras-respondem-o-que-voce-deve-cursar-para-se-tornar-um-jornalista-de-moda

domingo, 12 de fevereiro de 2012

De Zuzu Angel a Oskar Metsavaht, Glória, Pedro e Reinaldo...




“O modo de vida brasileiro está na moda?”



Olá leitores, depois de uma semana corrida volto aqui para discutir um tema no mínimo intrigante. O way of life brasileiro está realmente na moda? Esse tema surgiu em uma discussão sadia que pode ser denominada como pensamento contemporâneo.

Para mim acredito que o estilo de vida daqui está de fato na moda desde a década de 70, quem não se lembra de Zuzu Angel com suas estampas de aves engaioladas e o uso de rendas e chitas para fazer vestidos numa época em que a moda pedia um estilo europeu e careta, acredito que essa foi a primeira divulgação do estilo de vida brasileiro antes mesmo da moda praia de Amir Slama, e o fuxico de Carlos Miele. É evidente que os tempos de Zuzu eram outros e que havia muito mais repressão e preconceito do que agora.




Mas e nos dias de hoje será que ainda há novidades nesse segmento? Tenho certeza que sim um exemplo disso é a carioca Osklen quer exporta suas criações para o mundo a fora, além de Glória Coelho e Reinaldo Lourenço além do filho deles Pedro Lourenço com uma carreira admirável na semana de moda de Paris, isso tudo mostra que o Brasil embora ruim em alguns aspectos humanos ainda tem o que mostrar para o mundo.






Essa postagem tem como objetivo quebrar algumas barreiras de pensamento estas que piamente acreditam no que vem de fora é melhor que o feito aqui, durante muito tempo acreditei nisso, mas ultimamente reavaliei meu pensamento e descobri que estava errado e que essa visão é ingênua hoje me considero mais aberto e culturalmente vivo uma amostra viva do “Brazil Way of Life”

http://www.youtube.com/watch?v=hBVzzb5WdHk (Pedro Lourenço)

http://www.youtube.com/watch?v=aiNxR4gg4R8 (Osklen)



(Fotos retiradas de: http://www.modaparausar.com/2011/03/reinaldo-lourenco-lanca-sua-colecao-outono-inverno-2011/, http://revistaestilo.abril.com.br/moda/estilistas/gloria-coelho/?ctd=0&inc1=moda-estilistas-gloria-coelho-desfile-spfw-verao-2010-478359.shtml e http://institutozuzuangel.blogspot.com/2011/04/homenagem-zuzu.html)

Vídeos: Youtube

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Cleópatra moderna de Ricardo Tisci




“Madonna homenageia o cinema com Gisele Bündchen na platéia e Tom Brady no campo”

E Na final do Superbowl esse final de semana não teve pra ninguém. Se por um lado havia os fãs do esporte torcendo pelo quarterback Tom Brady e seu adversário por outro havia os fãs de Madonna, depois de Britney Spears, Michael Jackson, New Kids On The Block e Black Eyed Peas terem se apresentado em eventos anteriores, esse ano essa missão foi dada a Madonna.

Havia uma euforia grande já que desde 2008/2009 a cantora não se apresentava ao vivo, mas se havia medo por algum erro ou de repente alguma derrapada esse medo se dissipou com a abertura, com um carro sendo puxado por um exército de homens Madonna entrou na arena como uma Elizabeth Taylor moderna. Vestida com uma capa dourada (mais tarde descobri que os figurinos foram criados pela Givenchy Haute Couture com adesão do chapeleiro Philip Tracy no acessório de cabeça), antes de chegar ao palco a artista começa a execução de seu sucesso vogue durante essa canção já houve a primeira mudança de figurino onde sem a capa e já no palco Madonna executa uma interessante mistura de todos os passos utilizados para a apresentação da canção ao vivo, além disso, um ponto interessante era o palco que também servia de telão para a exibição de imagens de astros do cinema mudo e também de capas vivas da revista Vogue.




Após essa entrada altamente cultural que misturou Liz Taylor e Vogue a artista executou music com o duo eletrônico LMFAO, seu novo Hit Give All Your Luvin’ com participação da rapper Nick Minaj e M.I.A e também Like a Prayer com participação de Cee Lo Green. Um ponto de destaque nas outras apresentações foram como o figurino da artista se desmontava e adotava várias linguagens em Like a Prayer, por exemplo, Madonna vestia uma capa preta com detalhes em paetê bem dramática como a música pedia e Cee Lo Green vestia um figurino parecido que pode ser descrito como um pastor de igreja tentando doutrinar a cantora.

O teatral fim foi descrito como a morte da bruxa má do oeste, eu na verdade não enxerguei esse conceito para mim o final foi como se a cantora percebendo a doutrinação se revoltou e resolveu suicidar-se, no fim do show surgiu uma bela mensagem no telão pedindo a paz mundial.

Se havia algum medo com a performance ele foi superado, parabéns Madonna!

http://www.youtube.com/watch?v=ROkhklj0ZGs


(Fotos Retiradas de: http://blogdoquito.blogspot.com/2011/03/morre-elizabeth-taylor-ultima-diva-do.html, http://papelpop.com/2012/02/tudo-que-rolou-na-apresentacao-perfeita-e-alucinante-da-madonna-no-super-bowl/)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Quem tem medo de Regina Guerreiro?



“Mítica editora de moda lança livro”



Com passagens brilhantes pelas editorias distintas de Elle, Vogue, Manequim e Cláudia além de colunas de jornais e televisão já daria um ótimo recheio para um livro não é mesmo?

E se, além disso, tudo você fosse uma personalidade da moda? Essa é um trecho da vida de Regina Guerreiro que depois de anos no mercado lança um livro intitulado “UI! Regina Guerreiro”, o pré lançamento foi essa semana em evento fechado no Mube em São Paulo não fui infelizmente ao evento mas pelo que conheço da editora através de entrevistas e críticas de desfile garanto que esse livro é um achado para os antenados no mundo da moda.

Além de contar sua trajetória profissional pelo que andei lendo-nos diversos sites Regina procurou também atrelar a moda no contexto chamando alguns fotógrafos como Otto Stupakoff, além de André Schiliró, Fernando Louza e Bob Wolfenson para colaborar com as imagens que compõe a obra.

O que acho mais interessante em Regina Guerreiro é seu senso de humor um tanto quanto ácido, tive contato com seu trabalho muito antes de pensar em ir a SPFW quando a DiretcTV fazia a transmissão oficial do evento nos idos anos 90, e lá estava ela falando dos desfiles com sua língua ferina e sincera, como a mesma disse no livro de Paulo Borges (O Brasil na Moda)

“Tiveram de me chamar para fazer críticas. Aqui ninguém sabe fazer isso, não é que eu seja a melhor – bom, eu sou a melhor, mas não é esse o ponto. Acontece que essas meninas nunca se comprometem. Quando a coisa é ruim elas saem pela tangente, Precisa ter coragem de falar. Elas confundem décadas chamam Courrèges de Dior.”(Regina Guerreiro)


Foi esse lado ferino e sincero que me atraiu no seu trabalho, acredito que a moda é um mundo um tanto quanto falso em alguns momentos e que há a necessidade de jornalistas, blogueiros e quem trabalha com a mídia para divulgá-la que sejam sinceros e verdadeiros.

Portanto recomendo essa obra para que entremos em contato para descobrir um pouco mais dessa fascinante profissional que é Regina Guerreiro.


(Foto retirada de: http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI292473-17594,00-BIOGRAFIA+DE+REGINA+GUERREIRO+REVISITA+ANOS+DE+ENVOLVIMENTO+DA+JORNALISTA+C.html)

Lino Villaventura e suas rainhas decadentes




“Criador aposta em coleção teatral na SPFW”

E estou de volta para mais uma postagem da SPFW desculpe pela ausência, pois bem para fechar esse dia de cobertura tive a oportunidade de assistir ao desfile de Lino Villaventura, já o conhecia de filmes como Xuxa Popstar e programas como Criança Esperança do ano passado onde foi representante da região nordeste na função de moda.

E inclusive já havia assistido outro desfile dele, mas esse foi especial, já começou com uma modelo sentada na boca de cena cercada de livros num estilo que defino como icônico debochado, ícone por causa dos livros e do contexto mas debochado pela forma como ela desfilou estilo uma viúva negra irônica que estava se divertindo com a cena, fui ter contato depois e entendi algumas simbologias presentes no desfile, como as dobraduras das roupas e também o conceito de maquiagem.

Acontece que Lino, uniu o universo de Francis Bacon com a pura e simples arte, essa mistura deu forma a um desfile altamente teatral onde o que importava era a imagem e não a roupa de fato, lembrou-me os desfiles da semana de alta costura em Paris, de fato nunca fui a um mas já vi vários pela internet e pelo que vejo são altamente criativos e teatrais onde a função não é vender uma roupa e sim um sonho.

E o que Lino Villaventura, mostrou na SPFW foi exatamente isso um sonho onde existem damas da noite, rainhas decadentes, travestis e muita ironia e para essa construção foram usados recursos bem simples como bordados com pedrarias e linhas metalizadas, além dos adereços que eram coroas bordadas e trabalhadas também com linhas metalizadas.

Se Lino Villaventura queria vender sonhos, digo que conquistou mais um para fazer em conjunto esse sonho que é a moda virar realidade, parabéns

(Imagem retirada do site:http://www.puretrend.com.br/secao/fashion-week_r19/lino-villaventura-recria-olimpo-para-colecao-verao-2012_a503/1)

Abaixo segue o vídeo gravado por mim da última entrada das modelos de Lino Villaventura.

http://www.youtube.com/watch?v=UaANevej0Ds&feature=youtu.be