quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Hawaii deslumbrante da Cia Marítima



“Com casting estrelado marca mostra um Hawaii sofisticado e pop”

Olá leitores do Blog, tudo bem com vocês? Depois de uma esticada até Paris onde falei da resort colection da Chanel volto ao Brasil para falar de Fashion Rio, é meus queridos as semanas de moda já começaram aqui também e depois do preview da revista Elle em abril, todas as grifes estão expondo suas coleções completas.




Lembra-se que na época do preview comentei que a Cia marítima estava explorando a tropicalidade do Hawaii? Pois foi exatamente isso que se viu na passarela do desfile realizado ontem, com maiôs justos e bem cortados a marca mostrou uma mulher poderosa a beira mar e que não tem medo de ousar em cores e estampas, além disso ela usa e abusa de brilhos e estampas como se vivesse eternamente em um cruzeiro. Um pouco diferente da Blue Man que abriu o calendário e tem foco na garota de Ipanema do posto seis ou posto nove.








Na Cia Marítima essa garota aparece mais mulher e transformada em uma rica carioca que mistura brilhos e lycra dando um toque sofisticado a seu visual de verão. E também quebrando o conceito de que moda praia não combina com tecidos nobres a estilo da seda e jacquard que no desfile foram trabalhados com a adesão dos fios de lurex, o Hawaii da marca tem um perfume setentista muito interessante.









Para conseguir esse visual sofisticado, mas ao mesmo tempo jovem, o designer Benny Rosset abusou das super tops do momento como Izabel Goulart, Ana Cláudia Michels, Alícia Kuczman, Vivi Orth, Renata Kuerten, Carol Francischini entre outras.  E essa sofisticação apareceu não só no casting participante como também na maquiagem fresca e leve sem muitos detalhes para não brigar com os detalhes das peças.

                         


Com a troca do SPFW para o Fashion Rio, a marca mostra que o estilo e a bossa da moda praia não são exclusividade da cidade maravilhosa através do seu Hawaii pop setentista, parabéns.



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Após um gelado Grand Palais Maison Chanel vai a os jardins de Versalhes


“Karl Lagerfeld desfila sua Cruise Colection nos jardins de Maria Antonieta”



            E mais uma postagem do dia dessa vez com mais um desfile de Paris, lembram-se da postagem sobre o inverno da Chanel né? Espero que sim naquela ocasião foi observado que o designer responsável pela marca estava desconstruindo a sua identidade através da cor, já que a marca é conhecida pelos seus tailleurs pretos e sapatos bicolores.


            E essa desconstrução continua dessa vez Karl Lagerfeld levou a mulher Chanel para um passeio pelo século 18 onde ela mistura tons pastéis com os familiares preto e branco de mademoiselle além de utilizar bordados, fitas, volumes e amarrações criando uma silhueta atual, mas com um toque vintage. Outro ponto interessante trabalhado pelo designer foram os comprimentos em que ele alterna os longos e os curtos fazendo uma interessante desconstrução do estilo rococó e empolado tão relacionado ao período o qual Maria Antonieta viveu. Isso é visível principalmente nos vestidos os quais tem bem marcada a anquinha através de armações que dão novo sentido e redesenham a silhueta que as vezes pode ser mais marcada ou menos dependendo a visão que se tem.


            Além de desconstruir isso nas roupas Karl Lagerfeld também deu uma releitura à maquiagem onde brincou com os tons da coleção e também com tatuagens falsas as quais eram o logo da marca, além disso, ele colocou as modelos de perucas coloridas dando uma quebrada no estilo aristocrático já conhecido nos desfiles da Chanel.


            Os sapatos foram um capítulo a parte já que o designer  seguiu a tendência já proposta por Isabel Marant que criou um tênis com salto, embora tendência seguida não é cópia na Chanel esse salto mais parecia uma plataforma estilo as usadas pelo grupo Spice Girls, quebrando a modernidade o que se viu nos pés foram vários scarpins com algumas fitas de borracha transparente que davam a ilusão de que o peito do pé estava livre.


            Com uma cartela de cores fresca jovem e primorosa mais uma vez Karl Lagerfeld rejuvenesceu a mulher Chanel será que na Haute Couture será o mesmo tipo de trabalho? Aguardemos com ansiedade as novas experiências do Kaiser da moda    

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terça-feira, 15 de maio de 2012

De olho nos turistas brasileiros Macy’s homenageia o país


“Com shows de Bebel Gilberto e Sérgio Mendes popular loja abre exposição”






Olá leitores, tudo bem com vocês? Depois da matéria sobre o lançamento da coleção de Rafaela e Fúlvia, volto aqui com uma notícia nova e bem bacana, que o Brasil está na moda não é novidade tanto que o Pedro Lourenço filho de Glória Coelho e Reinaldo Lourenço lança suas coleções em Paris e Alexandre Herchcovitch exporta grande parte de sua coleção, além do pioneiro Carlos Miele que saiu do Brasil no auge de sua tropicalização na M.Officer para divulgar seus fuxicos e rendas em Nova Iorque.


(Imagem do artista plástico Fábio Gurjão para a Musse)


            E esse ano essa brasilidade invade a capital da moda americana de novo através da Macy’s a tradicional varejista que abriu hoje sua exposição/divulgação do país através do projeto intitulado “A Magical Journey to Brazil” é óbvio que esse projeto foi pensado para o consumo, pois se observou que grande parte dos clientes atuais da loja era oriundo do Brasil e que estes turistas eram os que mais gastavam em suas dependências, essa viagem mágica inicia abarcando vários aspectos do país através de musica, artes plásticas, clima e também moda.


(Croqui do corner que estará presente nas lojas da Macy's )


            Com curadoria da equipe de marketing com a vice-presidente Martine Reardon a loja procurou atrelar produtos que contenham o DNA do país além de realizar parcerias com designers populares em coleções cápsula, a mais esperada é a de Francisco Costa atual designer da Calvin Klein entre as marcas selecionadas estão Isabela Capeto, Neon, Carlos Falchi, Cecília Prado, Paula Hermann  estes últimos com acessórios além de uma parceria entre o cantor Seu Jorge e a designer Rachel Roy. E também a popular moda praia brasileira representada por Sauipe, Despi e ANK, outro ponto interessante é que a Macy’s também procurou parcerias com artistas plásticos como o Banzai Studio que ilustrou T- Shirts exclusivas e a Musse que vai estampar as linhas de moda e decoração com inspirações brasileiras.

      

(Croqui da coleção Seu Jorge e Rachel Roy)

            Para manter o termômetro da brasilidade em sua potência máxima no lançamento do projeto realizado hoje em Nova Iorque teve shows de Bebel Gilberto, cantora de MPB muito popular internacionalmente e também de Sérgio Mendes que encantou o público com suas canções clássicas como Mais Que Nada.



Rafaela Meirelles e Fúlvia Moraes lançam coleção


“Além de um blog de sucesso, jovens empresárias lançam coleção de inverno".

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Olá queridos leitores tudo bem com vocês? Espero que sim, eu não tenho costume de fazer coberturas locais sobre a moda daqui de Mogi das cruzes particularmente acho isso um defeito meu. Mas deixa pra lá por que hoje trago uma novidade aqui da região









Vocês se lembram da estreia do Por Dentro da Moda? Com a Rafaela e a Fúlvia do 7IT Brasil. Espero que sim, pois bem agora as meninas além de um blog de sucesso também entraram no mundo da moda com uma coleção cápsula de peças diversas entre vestidos, camisas, calças e shortinhos além do couro uma das grandes inspirações desse inverno.

Para a criação dessa coleção teste as meninas trabalharam com a cartela de cores bem variada, mas primando pelos tons neutros e clean outro ponto explorado pelas meninas foram os tecidos alguns estampados e outros rendados criando um interessante contraste de leves e pesados, merece destaque também o couro que elas utilizaram o chamado couro ecológico isso mostra uma nítida preocupação com o bem estar do planeta.


Só desejo as duas sucesso nessa empreitada e que renda muitos frutos, parabéns Rafaela e Fúlvia por criarem algo novo para o mercado local.


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                                                      ( Fotos da Coleção Retiradas do 7it Brasil )

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Elle Summer Preview


“Para comemorar 24 anos a revista Elle abre o calendário de moda”


Depois da belíssima entrevista postada hoje, eu não ia vir mais atualizar o blog, mas o evento da revista Elle realizado esse final de semana me chamou a atenção. Primeiro por ser realizado na Ponte Estaiada um local que geralmente só passam carros e é no meio do rio pinheiros, o segundo ponto foi a estação escolhida ao invés de reapresentar os desfiles de inverno da SPFW e Fashion Rio a publicação resolveu apresentar as primeiras inspirações de verão para o ano de 2013

  Adriana Degreas 05              Triya 02            Adriana Degreas 03
    (Adriana Degreas)                            (Triya)                           (Adriana Degreas)

Para isso recrutou Adriana Degreas, Movimento, Compania Marítima, Blue Man, Água de Coco, Lenny, Salinas e Triya, o que se viu na passarela foi uma sucessão de biquínis e maiôs além de caftans e saídas de praia com as mais diversas inspirações teve a Bahia por Adriana Degreas, as turcas da Água de Coco, a reinvenção da Blue Man que esse ano completa 40 anos de existência além do Havaí retro de Benny Rosset na Compania Marítima e os tons corais da Movimento que usaram o vermelho, laranja e verde nos pilares da coleção. E para encerrar teve o japonismo pop da Salinas as estampas digitais da Triya  estas baseadas em um festival indiano e por fim o glamour já esperado de Lenny Niemeyer que trabalhou a natureza misturando crochês com paetês e algumas pantalonas de seda.

 Blue Man 01               Movimento 01               Lenny 04    
          (Blue Man)                            (Movimento)                               (Lenny)

Como pode-se perceber para o verão 2013 as referências são inúmeras e seguem diversas diretrizes, mas esse foi apenas um preview do quer vem por ai então aguardem mais novidades para o verão.


Cia Marítima 02          Salinas 03                 Água de Coco 03
     ( Cia Marítima)                   (Salinas)                                      ( Água de Coco)










Por Dentro da Moda : Alexandre Perroca


Olá Leitores do blog, tudo bem com vocês? Depois de um tempo sumido aqui estou atualizando meu veículo novamente. Hoje tenho o prazer de trazer uma entrevista especial com uma pessoa muito querida por mim.

Já disse aqui a minha admiração jornalística pela multimídia Vivian Whiteman, o amor que tenho à irônica Regina Guerreiro, mas nunca disse como a minha paixão pelo conceito imagético começou. Isso vem lá de 2007 quando ainda era um menino caipira na cidade de São Paulo, nesse ano conheci um fotógrafo que me ensinou coisas valiosas e muito mais.

O nome? Alexandre Perroca, que já trabalhou na Vogue, Cláudia e Capricho só para citar as revistas da área de moda. Inicialmente tive uma matéria abrangente onde tratávamos simplesmente de design. Foi por meio de sua didática que tive contato com alguns arquitetos e designers importantes na minha formação. O mais marcante pra mim foi Mies Van Der Rohe, criador da cadeira Barcelona.


Após esse texto espero que já tenham percebido o quão importante para minha formação critica e ampla sua disciplina foi importante, portanto segue aqui o Por dentro da moda com esse grande profissional da imagem, que me ensinou em pouco tempo o quanto a construção visual era importante para vender um desejo.

Como começou sua carreira de construtor de imagem? Alguma influência familiar? Quando começou a enxergar a profissão fotográfica como profissão?

Desde criança construía meus próprios brinquedos, inspirado em filmes e HQs que via. Já era muito influenciado pela visualidade, essencialmente intuitiva naquela época. Também adorava ver revistas com muitas fotografias. Acredito que a fotografia como profissão foi uma decorrência automática de algumas  escolhas feitas, sobretudo de minha graduação na FAU-USP, que foi um grande incentivo para a exploração estética. Foi na época da faculdade que me tornei fotógrafo.

Em sua profissão existem vários profissionais gabaritados, se inspira em algum para realizar seu trabalho?

Existem muitos fotógrafos excepcionais registrados pela história da fotografia, alguns muito antigos, como Edward Steichen, Horst, Irving Penn, Doisneau, para citar poucos, e outros tantos contemporâneos, todos mais que gabaritados, mas fontes eternas de inspiração, ora técnica, ora temática, ou simplesmente pelo olhar único que oferecem sobre o mundo.
Certamente todos eles compõem meu repertório de imagens, mas não busco aproximar meus trabalhos fotográficos das técnicas desenvolvidas por eles. Muitos são os melhores no que fazem e, muitas vezes o são pelo fato de serem pioneiros no que oferecem ao mundo e, por isso, não há motivo para copiá-los.
Busco uma linguagem que expresse minha visão e sonhos. 


(Trabalho realizado para a revista Júnior de junho de 2010)

Em sua escrita e explanação é nítido que sua principal inspiração é a arquitetura e urbanismo, como se deu essa transição entre a criação e a imagem em sua carreira?

Arquitetura e Urbanismo é a minha base enquanto educação formal. A FAU-USP foi minha casa em muitos e importantes anos de minha vida, tanto na graduação como no Mestrado. É natural que eu leve comigo uma maneira humanística de pensar a imagem, a marca e mesmo a própria construção de identidades, seja ela em uma imagem, em um produto ou em uma organização.

Em suas obras fotografias, percebe-se um olhar atento a detalhes e certa predileção pelas imagens em preto e branco como isso começou em sua vida profissional?

O P&B foi meu primeiro contato com a fotografia enquanto autor. As minhas primeiras imagens em desfile e backstage foram em P&B. Até hoje tenho muito carinho por elas. Em muitas ocasiões a fotografia em Preto e Branco consegue ser muito mais sugestiva e instigadora do que a colorida.



 (Foto do livro: A Costura do Invisível - Jum Nakao)


Na sua biografia estão presentes passagens pelas mais variadas publicações da área de moda e comportamento, foi uma transição natural? Ou uma oportunidade?

Acredito que foram oportunidades que surgiram, e que demandaram escolhas que, por consequência, levaram a mais oportunidades. Acredito que elas se abrem e se fecham, o que permite que alguns de nós possam ser notados e muitos outros não.
Hoje é muito difícil e, talvez até mesmo desnecessário, distinguir moda de comportamento. Creio que lidar com imagem de moda é entender comportamento social, comportamento de mercado, condições geopolíticas, enfim, um pacote completo que envolve muito mais do que vestuário.


Nesses anos trabalhando com imagem você já deve ter visto muitas coisas diferentes e perturbadoras em diversos veículos, há alguma imagem que te atraiu por sua ousadia?

Ah... rsrsr... Sem dúvida. Tem muita imagem de qualidade questionável que veicula em diversas mídias e que você se pergunta como alguém pode aprovar aquilo... Mas tem também coisa muito séria. Acredito que o perturbador é necessário como alerta social. Lembro-me de imagens de modelos anoréxicas em meados de 2000, bem como da campanha em vídeo apresentada pela PETA mostrando a crueldade humana na extração de pele animal para a indústria da moda. São cenas perturbadoras, chocantes, e necessárias para mostrar onde chegamos e nos fazer questionar se é isso o que queremos como humanos.


(Enciclopédia da Moda: livro que em sua reimpressão colocou uma das fotos de Alexandre Perroca para o livro A Costura do Invisível na capa.)


Analisando seus trabalhos em retrospectiva qual em sua opinião foi o mais marcante?

Muitos trabalhos foram marcantes, felizmente. O trabalho que desenvolvi com o estilista Jum Nakao em 2004 é um bom exemplo. Foram várias semanas acompanhando o passo a passo da construção de uma coleção de papel que seria destruída na passarela. Um trabalho que exigiu dedicação profissional e emocional de todos os envolvidos, comprometimento e um compromisso com uma verdade maior.

Os ensaios de natal que meu estúdio produz também são sempre muito especiais, pois envolvem profissionais emocionalmente empenhados com algo muito prazeroso.

E tem também a primeira vez que entrei em um desfile para fotografar, em 1996. Phytoervas Fashion. Aquilo foi algo muito especial. Uma emoção incomparável, mesmo porque a moda brasileira, como a conhecemos hoje, estava nascendo ali.


(Foto realizada para a divulgação do projeto beneficente Conexão solidária durante o Dragão Fashion em Fortaleza)

Como você analisa o mercado fotográfico atualmente, com a profusão de câmeras digitais e a popularização dos softwares ao estilo do Instagram? Acredita que isso minimiza a função do fotógrafo no mercado?
Sou favorável às mudanças. É importante que novas tecnologias surjam e substituam as obsoletas. Foi assim que evoluímos até hoje. Acredito também que nenhuma tecnologia ou equipamento substitui o olhar, a mente, o repertório e os sentimentos de um profissional como o fotógrafo. Elas podem quando muito ajudar a expressá-las, mas não criar a partir do nada.

Não tenho dúvida de que hoje qualquer pessoa munida de um ipod clica uma cena banal, seleciona o filtro no Instagram e a posta em seu Facebook , e essa pessoa e seus amigos a consideram uma excelente fotógrafa. E a foto até que fica linda.

Acredito que comportamentos como esse nos ajudam a entender, ou mesmo redefinir, o que vem a ser a fotografia e o próprio sentido da profissão.



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(Foto realizada para a divulgação do projeto beneficente Conexão solidária durante o Dragão Fashion em Fortaleza)


Quais as dicas e conselhos que você dá as pessoas que gostariam de trilhar o caminho profissional pela fotografia?
Observe, seja curioso, sonhe, seja humilde, estude e tenha muita paciência. Na verdade penso serem dicas que servem para qualquer momento na vida e, como a fotografia que eu conheço se presta a registrar e melhorar a nossa vida cabe perfeitamente a ela também.



E aqui está O Por Dentro da moda com esse profissional e espero que vocês leitores gostem de ler, para encerrar deixo uma frase inspiradora de autoria dele.

            “Esse é um sonho conjunto, que felizmente pode ser realizado”                 
            Alexandre Perroca, Março de 2007.         



sábado, 5 de maio de 2012

Brasil Revisitado Made in Pará


“Em Treme Gaby Amarantos reafirma a brasilidade com gotas de carimbó”




          Olá leitores, tudo bem? Desculpe a ausência, mas aqui estou eu de novo. Se em postagens anteriores escrevi sobre MDNA e a entrada de Christian Dior na China hoje venho com um assunto bem mais brasileiro
.
            Já falei dessa pessoa aqui, mas ainda superficialmente,  agora em razão do lançamento de seu primeiro trabalho solo, venho aqui de novo escrever sobre Gaby Amarantos. Para muitos ela imita o estilo de Joelma da banda Calypso, mas na minha visão jornalística ela não tem nada similar com a vocal do grupo que também é de Belém do Pará.


          Em seu primeiro trabalho solo Gaby revisita o Brasil em sua totalidade, misturando ritmos oriundos de diversas origens, além disso, a cantora também mescla em sua festa tropical duetos com Fernanda Takai vocalista do grupo Pato Fú além de Dona Onete uma das primeiras intérpretes de carimbó e muito conhecida no norte do país.

           O que é interessante e acaba sendo um ponto muito a favor para a intérprete é que seu álbum não soa datado e muito menos folclórico demais já que atualiza clássicos do repertório (Faz o T, Galera da Laje, Ela Tá Beba Doida), e propõe leituras novas em clássicos como (Coração Está em Pedaços), e misturando tudo isso se tem o dna de Gaby Amarantos uma miscigenação totalmente brasileira.



             Se pudesse destacar alguma faixa em especial seria (Pimenta Com Sal) o dueto com a Fernanda Takai ficou lindo e muito bem ajustado,o que permite ouvir com clareza as duas vozes que descrevem como a mulher paraense é uma mistura de sabores e cores. Além dessa faixa não poderia deixar de fora o single principal (Xirley) onde a intérprete explica o significado de coar café na calcinha além de explicar a cultura paraense como ninguém  .

               O que posso dizer é que se Gaby queria fisgar o público cansado de cantores brasileiras que às vezes mais parecem Lady Gaga ou Madonna ela conseguiu redescobrindo o Brasil e devolvendo a ele sua cara única.