quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Campus Party - Cubo de Conteúdo VIVO


“Tem muita gente que é feminista e não sabe”


            Olá leitores, como foram de feriado? Descansaram? Eu também e bastante, o post de hoje deveria ter ido ao ar na semana passada, mas não foi ele é sobre uma mesa da Campus Party realizada em janeiro no Anhembi.

            Para quem não conhece é uma importante feira de tecnologia com duas partes, uma paga onde as pessoas de fato acampam e outra gratuita onde são realizadas palestras e interações assim como na parte paga, esse ano a Vivo assim como em 2012 montou um cubo de conteúdo, onde foram realizadas diversas palestras de temas que iam desde hits na internet até moda. Eu estive presente no sábado onde uma das mesas foi sobre a Mulher e Internet, entre as participantes estavam Vange Leonel, Julia Petit, Manu Barem, Clara Averbuck e Luciana Obnisk da TPM.



            A mesa inicialmente discutiu até que ponto a mulher tinha alcance online, isto é a influência feminina nesse meio se iniciou como, as participantes cada uma com sua versão foram unanimes em dizer que o inicio não foi fácil, Clara disse sobre seu trabalho em um “site” chamado Cardoso Online onde foi alvo de preconceitos entre outras coisas, Vange contou de sua coluna no Mix Brasil ainda na fase pré-web 2.0 chamada de Bolacha Ilustrada.

Após esse início discutiu-se o envolvimento do sexo feminino na internet, Manu Barem bem salientou a existência dos blogs de moda como produto 100% feminino, Julia disse uma das coisas mais contundentes que a mulher consome muito internet, porém 90% de seu uso é destinado a falar sobre alguém e na maioria das vezes de maneira pejorativa. Nesse ponto Vange disse que a comunidade lésbica a ensinou não disser nada contra o outro já que ele não fez nada contra você. Outro fato surpreendente é que o sexo feminino acessa mais as redes sociais principalmente pelo fato delas gostarem de dialogar com o outro.




            Luciana da TPM disse que é isso justamente que a revista procura, o inverso do fast web, e que as leitoras da publicação estão em busca de conhecimento e gostam dessa troca, sobre isso a editora disse que é  muito interessante ver que a internet proporciona uma resposta tão rápida e também que os leitores estão abertos a diálogo mesmo com uma matéria consistente, ela disse que a TPM encara o público feminino de outra forma, como seres pensantes e não apenas como donas de casa que gostam de moda e decoração. Porém ela salienta que cada publicação tem o público que merece e almeja já que a grande mídia propaga uma imagem errônea da mulher sem conceito.

            Já que a grande imagem que a mídia tem das mulheres que batalham pelos seus direitos, são de gritaria e peito de fora, Vange foi incisiva em dizer que feminismo e gritaria não é a mesma coisa, que o importante é dar poder e não ficar de drama “mimimi”. A internet veio para suprir essa falta de poder já que deu voz a quem não tinha anteriormente todos nivelavam as mulheres como um tipo só, e com a internet houve a ida e volta ação e reação.



            Esse fenômeno faz com que a mídia tradicional busque na internet cada vez mais notícias relevantes para seus jornais e revistas, para finalizar Julia Petit foi categórica em afirmar que embora existam vários blogs de moda voltados para consumo a função da moda é sensibilizar e que portanto é necessário que exista o consumo consciente, mas não só no ato da compra mas na leitura já que através dessa leitura é que de fato compra-se uma ideia e que isso tem que estar acordado para todas as fases da vida, porém uma cobrança dela é por mais autenticidade na internet, ela também citou Zygmunt bauman essa citação se fez necessária quando Julia relatou um caso pessoal para ela atualmente a célebre frase “a felicidade nunca é alcançada” nunca fez tanto sentido.

            No final da discussão todas foram unanimes em afirmar que o feminismo inclui o homem e não o exclui, essa inclusão faz com que o peso do provedor do lar seja retirado de seus ombros o que provoca uma menor opressão.

            Caros leitores ficam aqui as minhas impressões dessa mesa redonda que me abriu os olhos em muitos fatos e esclareceu pontos importantes sobre o alcance feminino na web.


2 comentários:

  1. Que linda! Julia Petit sempre com esta pele leve e natural! Arrasa e Paaaaaaaaannnn! s2

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