“Casa
de Criadores encerra com princesas grunges e fantasia”
Olá
leitores, deveria ter postado isso na sexta feira, porém estive meio corrido
com alguns compromissos, afinal o blogueiro também tira algumas férias não é? Bem
mas vamos em frente trago aqui o último dia da Casa de Criadores nesse dia
desfilaram Karin Feller, Mark Greiner, Danilo Costa, Jadson Raniere e Walério
Araújo. Eu particularmente estava ansioso para ver as coleções e principalmente
a de Walério Araújo figurinista de Gaby Amarantos, ele sempre faz um espetáculo
interessante no evento.
A
abertura coube a Karin Feller que trouxe uma coleção bem madura com referências
a década de 70 e ao movimento grunge da década de 90. A primeira vista pode
parecer confuso, mas nas mãos da estilista essas referências pareciam
dissolvidas em diversas peças como macacões, calças pijama, e tricôs over outro
ponto interessante foi que em alguns momentos da coleção vi um tipo de princesa
moderna feminina mas não patricinha. Destaque para as candy colors uma
tendência que prevalece no inverno, a parte princesa da coleção apareceu nos
babados distribuídos harmonicamente em diversas peças. Mas engana-se em um
inverno leve a estilista também propôs trench coats tal quais os britânicos que
foram misturados com calças largas estilo saruel e pijama.
Após
a apresentação dela Mark Greiner subiu na passarela com uma coleção inspirada
no dia dos mortos, uma das manifestações culturais mais famosas do México, na
visão de Mark essa manifestação deu origem a roupas de festa com diversas
aplicações além de diversas peças over – size que serviram como escapes em
alguns momentos do desfile. Embora o tema principal fosse a festa mexicana
também houve inspirações em aves e suas vistosas penas, vi no desfile algumas
referências a linha A de Christian Dior e também a Lady Gaga mas isso não
compromete a coleção já que o designer conseguiu com maestria mixar suas
diversas referências e criar uma coleção adulta e coesa.
Danilo
Costa subiu em seguida com uma coleção descolada e com um estilo pop, engana-se
quem pensa em cores previsíveis e modelagens amplas tal qual foi observado até
aqui. O estilista inspirou-se na cultura amish mas nas mãos dele essa cultura
apareceu pop e sofisticada até um pouco hippie, destaque para as estruturas
criadas em alguns looks dando uma interessante silhueta tanto para meninas
quanto meninos, uma peça interessante ao menos para mim foi uma camisa de
comprimento mullet para o público masculino, isso tirou o perfume feminino
atrelado a esse modelo. Os vestidos
também merecem destaque por serem elegantes, porém descompromissados e
descontraídos tal qual uma camiseta branca, ou seja vestidos coringa para
qualquer mulher. As calças também merecem destaque pois evocavam culotes
equestres e criavam uma silhueta interessante de contraponto entre largos e
justos já que na passarela o estilista também propôs maxi – moletons e tricôs.
O
penúltimo desfile coube a Jadson Raniere com uma alfaiataria precisa e
estruturada tal qual Eduardo Pombal na Forum, também com inspiração em aves o
designer usou e abusou criando peças que evocavam a vida desse tipo de animal,
como bolsas “engaioladas” e decotes que evocavam bicos além de mangas as quais
lembravam caudas de algumas aves. Destaque para os ricos bordados os quais
complementavam o tema, entre as peças destaque para os paletós maxi e os
paletós mullet mostrando que o comprimento tão discutido nos blogs de moda pode
ser empregado de uma maneira elegante.
E
chegou a vez do desfile de encerramento o mais esperado sempre diferente
Walério Araújo, para assisti-lo estavam na 1° fila Silvetty Montilla, Gaby
Amarantos, Sabrina Sato entre outros famosos. A coleção do designer pareceu um
grande circo com direto a todos os componentes, desde a equilibrista até a
mulher das facas, mas no meio de alguns looks questionáveis houve momentos
interessantes como o uso certeiro do couro o qual deu um toque sexy e rock and
roll além do uso certeiro de algumas segundas peles. Entre os temas principais
observados por mim estavam os morcegos que apareceram tanto em roupas mais “fantasia”
como em vestidos anos 50 inspirados livremente na linha corola de Dior além do
uso de tule em diversos visuais com o intuito de dar volume combinados com o
vinil o que deu um toque futurista, porém usável a coleção.
Bem
queridos leitores fica aqui a cobertura do blog, sobre a Casa de Criadores
inverno 2013, até amanhã com o 1° desfile da Topman realizado no shopping JK
Iguatemi no qual fui cobrir com exclusividade.