“Esquecemos
a dimensão humana em frente de uma tela”
Olá
leitores, agora voltando a programação normal depois da descontraída sabatina
de Paulo Martinez e Regina Guerreiro houve um pequeno intervalo com coquetel do
restaurante Les Amis, uma graça e uma comida leve e deliciosa, a segunda mesa
da noite teria como tema a “Mundo Digital: Especialistas debatem a ética na
internet”.
Para
esse debate foram escolhidos Nina Lemos (Trip/Estadão), Felipe Teobaldo
(Neonico), Carol Quinteiro (F*Hits), Bia Granja (Youpix), Ana Brambilla
(especialista em jornalismo digital/Editora globo) e André do Val (Chic) e
mediando a discussão Fernando Luna também da
Trip. No inicio houve uma apresentação geral de quem eram os convidados
e o que eles faziam a discussão iniciou-se quando Carol contou um pouco da
plataforma F*hits ela contou que a “prime” network de blogs tem pouco mais de
um ano e meio concentrando em sua página o total de 25 veículos que emitem
informação.
Após
essa primeira discussão a especialista Ana Brambilla disse uma frase que
sintetiza toda essa geração online, a de que nos esquecemos das pessoas quando
estamos diante de um computador isto é esquecemos-nos das particularidades e
como Ana bem disse da dimensão desse ser, nesse momento iniciou-se a discussão
de ética pura e simples, os debatedores foram unanimes em afirmar que a ética é
necessária, pois na internet a informação se potencializa e como não sabemos
quem a consome é necessário que sejamos éticos.
Nesse
ponto André do Val afirmou um mal da internet que é a tecla de delete, para ele
e nesse ponto eu concordo é que no meio digital é fácil perder a ética pois há opção de deletar o que não agrada e esquecer a história, após isso Fernando
Luna introduziu o assunto de jabás, para quem não sabe as participantes do
F*hits de Carol Quinteiro já foram acusadas de utilizar jabás em suas postagens
e não sinalizá-los porém esse assunto surgiu em outro ponto da discussão,
primeiramente Nina Lemos categoricamente afirmou : “...Se você aceita jabá você
perdeu a ética, meu trabalho é crítico eu tenho que ser ética”, nesse momento
os ânimos dos convidados se exaltaram um pouco já que esse assunto é um tanto
condenável, nesse ponto Carol Quinteiro
interviu na discussão afirmando que blogueira não é jornalista cabe aqui
uma observação que concordo inteiramente com a profissional, blogueiro é
blogueiro e ponto. Depois ela ainda afirmou que a linguagem do blog é
diferenciada, pois quem o possui fala em 1° pessoa não havendo parecer jornalístico,
isto é ela fala o que sente e o que vive.
Foi
nesse momento que Felipe Teobaldo comentou que a existência de debates sobre o
assunto marca o início da web adulta, já que até tempos atrás ela era encarada
como diversão de crianças, portanto a discussão de ética marca o início da web
como um veículo adulto e é necessário haver ética, depois de apontados
claramente esses detalhes, iniciou-se a discussão de até que momento um editor de
conteúdo devia se envolver em publicidade, nesse ponto todos os profissionais
foram unanimes em afirmar que é necessário que haja uma conexão entre as duas
coisas e não pensar em conteúdo e publicidade de forma independente.
Depois
disso discutiu-se como o leitor se sente mediante a peças publicitárias tão bem
executadas que se assemelham a editoriais comuns, isso iniciou-se quando Carol
Quinteiro comentou sua experiência em um voo quando abriu uma revista e viu um
editorial de moda que no fundo era publicidade, nesse momento Nina Lemos foi
incisiva em afirmar que “ você tem que ter respeito por quem te lê, se você tem
um blog pense no leitor”, Felipe rebateu dizendo que essa visão era romântica e
até um pouco infantil já que não pensava nos ganhos e sim unicamente nos
leitores.
Porém
eu concordo com Nina nesse ponto, você tem que tratar o leitor como amigo e
nenhum amigo gosta de ser enganado já disse uma vez para mim a brilhante
Liliane Ferrari, mas voltando ao assunto da mesa, começou – se a debater sobre
os fenômenos da internet Bia Granja foi categórica em informar que há dois
tipos de pessoas as reconhecidas pelo seu trabalho na web e as conhecidas que
são as celebridades, ex-bbs e toda aquela classe c da fama sabem? Foi ai que
ela afirmou que o sucesso na web existe, porém são necessários vários anos de
trabalho para conquistá-lo.
Para
encerrar a discussão Ana afirmou que atualmente vivemos uma era de verdadeirismo
na web onde todo mundo afirma o que quer e necessita, porém isso mostra um dos
grandes defeitos da sociedade atual que é negar a realidade produtivista que
olha para o passado e não a o futuro, por fim afirmou que muitos utilizam a
internet como fuga, ou seja, uma negação do futuro.
Bem
queridos leitores, espero que tenham gostado desse 1° dia de Pense Moda, pois
semana que vem entra no ar o 3° dia com a mesa de sustentabilidade e Alexander
Fury editor da revista L.O.V.E além de diretor do site showstudio em parceria
com o fotógrafo Nick Knight.
(fotos retiradas do facebook do Pense Moda)
Muito legal seus textos. Vou ler com mais calma. Gosto quando um fashionista não escreve em linguagem fashionista. Adorei. Abraços. Acácio Brindo - Revista Cabaret
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