A
reinvenção do bandage por Max Azria
Quando uma peça torna-se marcante o
estilista tem um grande desafio, de reinventá-la a cada estação. Esse acaba
sendo o desafio de Max Azria diante da herança de Hervé Léger, marca por ele relançada
em 2008.
O resultado desse desafio pode ser
visto no último desfile da marca Nova Iorque, é prudente observar que além de
reinvenção Max propôs outras silhuetas e leituras para a mulher acostumada com
o sex appeal da marca. Além disso, houve também um trabalho fascinante com o
couro criando uma série de corselets semelhantes a grades ou gaiolas, é possível
observar certo fetiche principalmente nas combinações de tecidos, entretanto
essa impressão não prejudicou a leitura total da apresentação.
As cores também complementam esse
aspecto fetiche/sadomasoquista principalmente pelo uso abundante de preto,
nudes e um pouco de laranja. Destaque para como o estilista trabalhou o nude,
ao invés de investir em uma combinação pálida e sem graça, Max Azria o
apresentou bordado e ajustado ao corpo relembrando o clássico bandage dress da
Hervé Léger. Os calçados não variavam muito, entretanto eram alternados entre
ankle boots e botas até a coxa.
Embora se utilizando de poucas cores
a marca explorou muito as texturas. Em diversos modelos era possível perceber o
cuidado de Max Azria em trabalhar camadas e nuances. Detalhes até então
ignorados, mas muito importantes em uma coleção de inverno, já que nessa
estação usamos mais peças e deixamos pouca pele à mostra. Se bem que para as
mulheres de Hervé Léger pouco importa o clima.
(Fotos retiradas de FFW)
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