“Online
ou offline o importante é ter um ponto de vista único e saber expressá-lo da
maneira correta”
Olá
leitores, e vamos continuar com o Alexander Fury não é? Calma que está
acabando. Depois dessa última postagem entra no ar a Casa de Criadores a última
semana de moda do ano. Continuando o pensamento sobre a extinção da mídia
impressa Alexander afirmou que o principal debate existente tanto na LOVE e no
SHOWstudio é o que as novas gerações vão querer se será mesmo o impresso ou o
digital.
Na
opinião dele não é por que você nasce em um mundo digital que não pode procurar
o impresso, sempre haverá valor no papel e para ele sempre haverá papel para
esse tipo de mídia. Após essas conclusões ele começou a falar que embora
utilizando duas plataformas diferentes tanto a revista quanto o site tinham
muito em comum, embora no site a maior parte desse novo trabalho venha com Nick
Knight na revista existe uma procura pelo novo incessantemente dependendo do
momento em que a publicação passa o maior desafio da LOVE é criar algo que
conecte tanto o online quanto o offline.
Essa
dita conexão citada por ele ocorre principalmente quando ambas plataformas
tratam de assuntos parecidos, podem ser fotos ou textos, por ser uma revista
sazonal não há tanta dificuldade de realizar essa conexão, o online para a
publicação funciona mais como uma extensão do impresso, o filme apresentado no
site por exemplo é um complemento as imagens utilizadas no papel.
Quando
perguntado sobre como ocorreu essa transição em sua carreira, Alexander foi
direto em dizer que a equipe da LOVE é muito mista e eles só estão lá por serem
diferentes em suas atuações, quando indagado sobre o que pensa de moda disse
que seu pensamento muda a cada estação já que ele não é muito visual. Ele ainda
disse que não tenta fazer tudo na publicação já que também há temas especiais a
serem trabalhados e são esses temas que o instigam agora.
Esses
temas que o instigam, digo a vocês não passa por desfiles de moda Alexander afirmou que acha difícil assistir a
um desfile atualmente já que há muitos componentes a serem considerados para
realizar uma boa crítica, mas nesse momento ele também assume que escreveu
coisas terríveis sobre John Galliano (ex Dior) no início e ainda disse que nós
só aprendemos copiando, isto é reinterpretando o que nós admiramos. Ele ainda
disse que em um desfile de moda ele procura a honestidade por trás do modelo e
isso só ocorre quando o designer é convincente e pode convencer a sua plateia a
enxergar que o mundo pode sim ser daquela forma.
Quando
perguntado sobre a relação entre fotógrafos e a revista afirmou que é uma união
de vontades entre o profissional e a publicação, Nesse ponto surgiu uma
pergunta do twitter (o pense moda nos seus três dias foi transmitido pelo site
da Renner e deixava aberto aos internautas interagirem através do @pensemoda)
essa questão perguntava sobre a moda brasileira na visão do editor, destacando
talentos como Lucas Nascimento e Pedro Lourenço ele disse que a nossa moda é
fantástica e que o nosso país é para onde as pessoas da moda estão olhando de
forma mais intensa. Para ele o Brasil é o novo o diferente fora do eixo central
da moda localizado na Europa e por essa razão tem uma identidade muito forte.
Quando
questionado sobre o lado mercadológico da moda Alexander afirmou que ela é um
negócio e, portanto necessita vender sendo que a publicidade é uma das regras
para se atingir um objetivo e que isso é estimulante e que é uma questão de
tempo para que a mídia online absorva a publicidade. Para ele a internet já se
tornou uma parte da cultura que principalmente mudou a forma de comunicação.
Nesse
momento um dos debatedores (para essa mesa foram recrutados a fotógrafa Cássia
Tabatini, Augusto Mariotti da Luminosidade e o stylist Thiago Ferraz) perguntou
como era vista a sustentabilidade na Europa tendo em vista que esse foi o tema
da 1° mesa redonda, Alexander disse que as pessoas da moda não compram produtos
sustentáveis simplesmente para ajudar a natureza os consomem por serem bonitos
e de design. Com essa fala do editor já é possível perceber que se não tiver
design aliado a sustentabilidade o produto não vende.
Quando
questionado sobre a organização da LOVE ele disse que é muito complicada, pois
o lançamento da publicação é diferente, a construção da revista é algo difícil
de lidar já que a revista trabalha com duas plataformas diferentes online e
offline. Na versão da internet há liberdade para criar coisas que não
funcionariam no papel como exemplo ele citou que uma matéria editada impressa
na versão online pode dar origem a quatro.
Nesse
momento ele voltou a falar da sua experiência com os filmes de moda para
Alexander as pessoas quando filmadas agem diferente, por esse motivo alguns
editoriais da revista são stills de filmes realizados para o site da LOVE,
quando indagado sobre suas inspirações e descobertas Alexander disse que já
teve vários períodos na infância, por exemplo, ele era obcecado por John
Galliano.
Voltando
a falar de internet para ele é difícil saber o que é realmente novo, porém o
que ele gosta na internet é justamente isso que é a possibilidade de
redescobrir talentos, trabalhando em duas plataformas distintas o interessante
na opinião de Alexander Fury é poder unir o vídeo com a foto já que são coisas
diferentes.
Para
encerrar Alexander respondeu uma pergunta sobre o panorama atual da moda, na opinião
dele diferente das décadas passadas onde era possível nomear os ditadores de
estilo e moda a década atual contem fragmentos diversos o que torna perigoso
rotular as pessoas já que existem diversos pontos de vista.
Bem
queridos segue aqui a última parte da cobertura do blog para o Pense Moda de
Camila Yahn, Barbara Bicudo e Marcelo Jabur. Deixo aqui meus parabéns à
organização pelo ótimo evento e em 2013 tem mais.
(fotos retiradas do facebook do Pense Moda)
(fotos retiradas do facebook do Pense Moda)
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