“Casa
de Criadores mostra multiculturalismo”
Na
mesma noite da moda abajur no projeto LAB, a casa de criadores surpreendeu com
line – up bem organizado, nessa noite desfilaram Arnaldo Ventura, Jacinto, Fernando
Cozendey e Alê Brito. Houve desfile também da Juss, porém diferente da Top Hat
na segunda feira não achei a coleção muito excitante.
Quem
abriu o desfile foi Arnaldo Ventura com seu circo de horrores, não sei bem se o
tema era esse mesmo, mas as estampas estavam cheias de palhaços assustadores
como o clássico filme IT de Stephen King, o interessante é que o designer fugiu
da estética roupa de palhaço colocando as populares listras espalhadas pela
coleção toda. Merece destaque também o preciso uso do veludo e couro pelo
criador o que deu um aspecto arrumado chique ao tema tirando o circo da vida
infantil e o inserindo na vida adulta, outra ideia interessante foi o legging
proposto pelo estilista, ao invés de ser o tradicional na versão de Arnaldo ele
parecia meia arrastão toda furada. E por ultimo e não menos importante destaco
as texturas que o designer aplicou no couro o tirando da zona de conforto.
Jacinto
foi a segunda marca a desfilar na noite, com uma alfaiataria precisa o designer
apresentou um inverno feminino, sexy, porém maduro, os destaques na minha
opinião foram as peças em preto e branco. Durante todo o desfile vi diversas
referências a Balenciaga, Gloria Coelho e Vitorino Campos, porém isso não depõe
contra a marca que misturou finos cetins com borracha criando uma silhueta
única além de propor vários recortes diferenciados. A peça principal na minha
visão foi um maxi – paletó com uma manga só mostrando que a alfaiataria pode
sim ser atualizada.
Como
disse o desfile seguinte foi o da Juss de moda masculina, porém a coleção foi
um pouco sem graça diferente de outros desfiles masculinos que assisti,
portanto vamos passar para o de Fernando Cozendey que veio mostrando sua 1°
coleção como integrante oficial, eu mesmo não sabia mas li no release que até a
Casa de Criadores passada o estilista fazia parte do Projeto LAB até que nessa
estação ele foi convidado a integrar de vez o calendário. Nessa 1° coleção o
designer bebeu das fontes coloridas e dançantes da década de 70, então que se
viu foram diversos figurinos para nenhuma Diana Ross botar defeito. Roupas ajustadas
e cavadas tal qual biquínis asa delta e também muitas franjas, portanto a
coleção do jovem não foi digamos assim usável, pareciam mais roupas de artistas
pop, porém no meio de tudo isso havia vários detalhes fortes como a mistura entre
masculino e feminino. Porém na visão de Fernando a década de 70 também pode ser
atualizada para isso ele propôs uma série de peças com aplicações, transparências
e decotes diferenciados o interessante foi que esses detalhes apareceram
trabalhados na lycra um tecido relacionado à moda praia, mas que nas mãos de
Fernando Cozendey recebe uma roupagem urbana e contemporânea. Destaque para os
brincos enormes que compunham perfeitamente o clima disco junto com o Black Power
que as modelos usaram.
E
o último desfile da noite coube a Ale Brito que também bebeu do universo
musical, mas dos anos 90 então o que se viu na passarela foram diversas
mulheres ricas com um pé no rock and roll, para desenhar essa mulher o
estilista usou pelo nos seus casacos e combinou o couro com a alfaiataria
criando uma imagem digna dos editoriais da Vogue que traziam Kate Moss ou Linda
Evangelista. Destaque para os cintos bem adornados totalmente opostos as peças
apresentadas pelo estilista, destaque também para o maxi – blazer apresentado
que trouxe um perfume de Grace Jones ao desfile, o interessante é que além de
trabalhar a alfaiataria o estilista também criou uma relação entre
transparências e couro deixando a mulher com um pé no rock, mas ainda sensual. Para
desfilar ele trouxe a musa de Alexandre Herchcovitch e vocalista da banda Stop
Play Moon Geanine Marques figura popular na cultura noturna de São Paulo e que
sintetiza com glamour a mulher do estilista.
(fotos retiradas de Closet Online)
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