“A
autoria de texto é um dom, que você tem ou você não tem.”
Olá de novo prontos para mais
informação? Espero que sim, pois agora falarei de outro evento que estive presente na
semana passada. Vocês se lembram do Pense Moda organizado pela Camila Yahn,
Barbara Bicudo e Marcelo Jabour, então estive lá dois dias o 1° e o 3° dia e
digo a vocês que foi incrível.
No
primeiro dia a abertura coube a genial e incrível Regina Guerreiro, sou fã
incondicional de seu trabalho, não é a toa que comprei seu livro UI! que
inclusive recomendo a todos, pois bem o evento iniciou com a jornalista sendo sabatinada
por Paulo Martinez seu ex-assistente, na plateia vários admiradores como Paulo
Borges (também assistente de Regina), Adriana Yoshida, Denise Dahdah (Cláudia)
entre outros.
No
início houve uma retrospectiva histórica que se encontra no UI! Porém nesse
primeiro momento vale menção que ela está no mercado há 50 anos e seu primeiro
emprego foi na revista Manequim onde Regina escrevia a coluna Garotas, ela
ainda salientou que o mercado quando ela iniciou era bem diferente e difícil
tanto para realizar produções quanto o mercado de moda em si, foi nesse momento
que ela lembrou sua 1° viagem internacional a Espanha para produzir uma edição
da revista Cláudia já com 25 anos.
Entre
risos dos presentes Regina disse que a Espanha era terrível naqueles tempos
ainda mais por causa da indústria da cópia, contou a história de um estilista
local que se dizia não influenciado por André Courrèges sendo que estava óbvio
que ele era. Com sua fala cadenciada e sem compromisso com a cronologia ela
disse ainda que nos anos 60 e 50 era comum a editora Abril trazer estilistas de
fora que apresentavam suas coleções para a burguesia da época, nesse período
ela relembrou a desconexão existente entre o Brasil com o mundo através da moda
já que na época Regina foi receber Pierre Cardin no aeroporto de congonhas e se
sentiu deslocada já que estava de cores sóbrias e quando as modelos desceram do
avião todas trajavam roupas estampadas o que deixou nítido o descompasso
existente.
Ainda
sobre esses eventos ela afirmou que antigamente eles eram bem restritos com no
máximo 100 pessoas uma diferença gritante das apresentações de hoje em dia que
comportam até 1.000 espectadores por estilista. Depois relembrou outra viagem
internacional também a trabalho para a Cláudia, só que desta vez ela foi
produzir em Londres, onde Regina teve contato com Mary Quant, Biba entre outros
renomados designers da Inglaterra essas viagens eram muito proveitosas para a
editora embora para a Abril não, tanto que ela foi demitida da revista Cláudia
por causa de sua linguagem sofisticada demais, paralelo a isso ela também fez
uma interessante reflexão do mercado atual para revistas onde disse seguramente
que as editoras atuais são tímidas e isso deixa a revista também tímida e
engessada sem pensar fora da “caixa”. Foi ai que ela disse uma de suas frases
marcantes “Na minha vida teve altas altíssimas e baixas baixíssimas” já que ela
passou por muita coisa nesse cíclico mundo da moda.
Logo
que saiu da Cláudia ela já era a mais famosa editora de moda na mídia impressa na verdade ela foi
convidada para o mesmo cargo na revista
Setenta um novo título da abril em substituição a seu cargo na Cláudia que
teria Fátima Ali como chefe de redação diante da sua recusa ela foi demitida da
abril e resolveu passar uma temporada em Nova Iorque onde fez estágio na
conceituada Harper’s Bazaar, nesse período ela contou do choque que foi a saia
midi que de uma hora para outra todas as vendedoras das lojas chiques de Ny estavam usando a saia de
Yves Saint Laurent o que provocou uma corrida desenfreada para comprar
esse item. Nessa parte da conversa ela soltou mais uma de suas míticas frases
de que “A Moda é um choque”, falando de novo do mercado atual Regina salientou
que o que acontece hoje é uma padronização de ideias o que deixa a moda um
tanto quanto igual e sem criatividade.
Bem
leitores, eu poderia falar mais de Regina no pense moda nesse post, porém por
hoje é só e aguardem a parte dois da sabatina, pois o assunto é tão
interessante e extenso que merece uma segunda parte.
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