“Às vezes o luxo não é objetivo ele pode ser subjetivo”
Entre as palestras mais
interessantes do ModaCamp teve uma sobre os 5 esses do Luxo, a 1° vista parece
um assunto complexo mas não é, o mercado de luxo é um dos que mais cresce no Brasil
em todos os sentidos. Não é a toa que Hemès, Chanel, Repetto entre tantas
outras marcas de renome estão se instalando no país.
Mas como se preparar para esse
mercado? Qual é o novo conceito atrelado ao luxo? Foi justamente isso que
Claudio Diniz (Maison Du Luxe), Giulio Garbini (Ermenegildo Zegna) e Vitor
Megido (Cried) explicaram para quem estava presente. Na visão deles o conceito
mudou já que encaixou o conceito de personificação, o luxo hoje é ostentar uma
marca, porém de uma maneira exclusiva principalmente para os novos ricos que
necessitam demonstrar a riqueza em todos os detalhes de sua vestimenta dizendo
subliminarmente “eu consegui sou rico”.
Cláudio Diniz,Vitor Megido e Giulio Garbini |
Isso difere da verdadeira riqueza
que para os ricos de berço é a educação, um ponto unanime entre os participantes
da discussão é que o Brasil se tornou uma potência no mercado de luxo por
alguns fatores como o bônus demográfico que ocorre desde 2007 e também a
facilidade de se tornar rico, atualmente uma pessoa fica milionária no Brasil a
cada 27 minutos. Dado interessante não é? Porém é importante salientar que para
atender esses novos ricos ostentadores, se necessita de pessoal e
principalmente de expansão de suas lojas, é por isso que hoje o eixo de luxo
não se restringe só a São Paulo e Rio de Janeiro.
Basicamente as redes internacionais
de luxo trabalham em três partes, primeiro SP e RJ, depois expansão para os
mercados de Brasília e Curitiba para posteriormente abrir boutiques no
nordeste, um exemplo dessa expansão é a Sephora que pretende ter 35 lojas
espalhadas pelo país, sendo que hoje conta com lojas no JK Iguatemi e Morumbi
Shopping ambos em São Paulo. Mas como toda a expansão existe as taxas e
impostos, algumas grandes marcas em busca de crescimento amortizam esses
valores em busca de um preço mais competitivo, porém as empresas de nicho como
a própria Ermenegildo Zegna não conseguem, pois vendem pouco e para um público muito
selecionado. Agora a pergunta que fica é quando o Brasil criou essa cultura, ai
que está o país não tem uma cultura de luxo assim como aconteceu com a China em
anos anteriores as marcas que se instalam aqui estão a procura de um novo
público, sedento por ícones de estilo como a bolsa Noé da Louis Vuitton ou o
sapato de Christian Louboutin. Portanto posso dizer que essas marcas estão
criando uma cultura de luxo no país.
No momento é só, porém retomarei
esse tema amanhã, pois tem alguns pontos que ainda merecem ser elucidados sobre
o mercado são dados importantes para entender como atender esse público
exigente e por que não um pouco deslumbrado?
(foto retirada do Flickr do IED São Paulo)
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