“Sempre
soube que minha moda era universal”
Olá
leitores, tudo bem com vocês? Entre os diversos eventos que já cobri para o
blog, um dos mais interessantes ocorreu sábado passado um bate papo com
Alexandre Herchcovitch, quem me conhece sabe que sou um entusiasta do trabalho
dele e admiro muito sua trajetória, portanto nada mais justo que ir.
Sábado
pela manhã peguei a estrada rumo a São José dos Campos para assistir ao evento
e digo a vocês foi incrível, mediado pela professora Patrícia Santanna coordenadora
da pós-graduação do Senac o bate papo rolou animado, o estilista falou de tudo
portanto vou resumir aqui os momentos mais
interessantes.
Inicialmente
ele começou contando um pouco de sua vida pré-fama isto é adolescência,
infância de acordo com o próprio ele sempre soube o que fazer desde o início
soube que sua carreira estaria conectada com as artes, portanto o estilista não
teve dúvidas na sua escola pós-colegial, sendo que durante seus estudos básicos
ele fez vários cursos livres em diversas áreas como fotografia e serigrafia. Inicialmente
começou seus estudos em artes plásticas na FAAP porém posteriormente
transferiu-se para a Faculdade Santa Marcelina em 1990 para o curso de moda
onde acabou se formando.
Ele
seguiu um exemplo materno nessa escolha, sua mãe Regina Herchcovitch era
proprietária de uma fábrica de lingerie e ensinou as formulas de modelagem e
corte para o jovem Alexandre já que além de costurar roupas íntimas ela também
costurava para si própria. Com essa escola o estilista soube quando entrou na
universidade que seu futuro seria no estilismo, porém ele ressaltou no evento
que a universidade não dá todo o suporte necessário e que ela mostra diversas
opções para a área fora do estilismo, até por que como ele mesmo disse não há público
para tantos estilistas.
A
partir desse início a conversa evoluiu para a sua vida profissional, ele contou
que a sua 1° peça costurada foi para ele mesmo, porém isso não quer dizer era
exclusiva o estilista afirmou que nunca enxergou suas criações como peças
exclusivas e Patrícia bem lembrou sobre o consumo ser uma validação cultural, ou
seja, o estilista só está no “mercado” quando está sendo consumido isso valida
o criador e o coloca de fato no mercado.
no caso de Herchcovitch ele só se “sentiu” no mercado quando começou a criar
coleções mais estruturadas e regulares a partir desse momento foi que ele se
sentiu parte da engrenagem.
Essa
engrenagem como ele bem destacou hoje em dia está mais estruturada parecida com
os centros de moda europeus e americanos no início da carreira dele tudo era
mais espalhado isto é pontual não havia organização, essa falta de organização
era prejudicial em todos os sentidos inclusive na exportação.
Como
surgiu esse tema na conversa é importante destacar que Alexandre Herchcovitch
já exporta há certo tempo e isso só é possível por que o estilista sempre
acreditou que sua roupa era universal, porém isso foi planejado, mas ao mesmo
tempo intuitivo e hoje em dia esse público não é uma fatia grande da marca,
isto quer dizer que não corresponde a um grande faturamento.
Após
essa discussão foi aberta uma rodada de questões onde ele esclareceu algumas dúvidas
do público presente, entre elas foi como Alexandre encarava a moda hoje,
respondendo a essa questão ele deixou claro que isso é um negócio e hoje a
Figura do estilista está mais exposta, ele encara esse mercado de uma maneira
normal já que as pessoas precisam entender o estilista para consumir e ele
deixou bem claro que não tem paciência para explicar conceitos simplesmente por
que tem coisas que independem desse fato.
Bem
leitores, hoje fico por aqui pois o papo com Alexandre Herchcovitch rendeu
tanto que tem assunto para um próximo post. Até a próxima
(Foto retirada de: cereja n pimenta e instagram do blogueiro)
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