“Vitorino
Campos cria para uma nova sociedade humana”
Como vocês sabem virei fã de Vitorino desde a sua
primeira coleção, onde vi referências a Chanel, Givenchy, Dior entre outros
criadores então estava particularmente ansioso para ver o que esse baiano de 24
anos estava preparando para sua 2° semana de moda.
Para tanto fui ao seu backstage fazer algumas fotos e
tive uma belíssima surpresa, depois de trabalhar basicamente com pretos e
brancos no seu verão, dessa vez ele abriu o leque de cores usando o areia
metalizado, cobre, branco rosa, prata e a escala de cinza criando um interessante
contraste, outro fato que gostei da 1° vez e continuei gostando foi a silhueta
que ele apresentou mantendo-se fiel a seus mestres ele arredondou os ombros e
as mangas fazendo uma interessante
releitura da década de 60 e dos criadores futuristas como André Courrèges que propôs
uma silhueta arredondada e moderna com um pouco de astronauta além de como
alguns historiadores defendem ter criado a minissaia.
Estas foram as impressões que tive sem nem ler o release,
porém lendo e vendo o desfile revi as referências e percebi que os tons de areia
que achei fascinantes e incríveis tinham uma aliança com o famoso deserto do
silêncio no México, é interessante ver que a coleção do estilista visualiza uma
mulher atualmente utópica que vive fora da loucura do tudo agora, do excesso de
ansiedade, o estilista criou uma coleção contemporânea e mais uma vez mostrou
seu talento diante de uma platéia estupefata. Destaco o bloco prateado do
desfile que veio inspirado no livro “Eram os Deuses Astronautas” que criou uma
interessante ponte entre o futuro e o atual tal qual André Courrèges havia
proposto.
Eu poderia enumerar os looks que mais gostei, porém deixo
aqui o vídeo do desfile e algumas fotos do backstage.
(fotos retiradas de FFW)
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