“Lino
Villaventura se reconstrói no prédio da Bienal”
E
continuando a SPFW, no mesmo dia de Rodrigo Rosner tive a oportunidade de ver
Lino Villaventura admiro seu trabalho não é de hoje, seu look mais marcante
para mim foi o criado para Xuxa Meneghel no filme Xuxa Popstar. Nesse look em
especial ele criou um misto de bruxa com rainha sob medida para a apresentadora
e inserido na história atualizada de cinderela.
Portanto
nada mais natural que eu estivesse curioso para ver seu show antes de tudo é
bom salientar que uma apresentação de Lino nunca é comum sempre tem um detalhe
diferenciado, o deste ano foi a abertura com uma modelo que vestia um
tipo de vestido branco semitransparente bem sensual e feminino. Mas não foi só
isso que a coleção mostrou em diversos looks vi traços de idade média
principalmente nas cabeças que pareciam capacetes, além disso, é importante destacar
os bordados preciosos que adornavam algumas peças da coleção.
Quando
citei a reconstrução foi por um motivo simples, todas as peças apresentadas
traziam um perfume retrô como se fossem reedições de modelos antigos do
estilista, estavam na passarela todas as referências do trabalho de Lino. Desde
Madeleine Vionnet, Paul Poiret, Índia, ciganas, rainhas, princesas e até uma
releitura interessante de Maria Antonieta rebelde. Essas diversas referências
para um jovem estilista poderiam colocar a coleção em um buraco sem fim, no
caso do estilista isso não ocorre, pois Lino consegue transformar as suas
referências em algo próprio e único.
Como
ele bem salientou no release de sua coleção o qual transcrevo um trecho aqui: “... Será
que pensei na Amazônia? No Pará? No Nordeste? Ou na Ásia ou em culturas
milenares? São as possibilidades que fazem tudo acontecer...” Portanto,
por mais confusa que pareça a coleção de verão 2014 para Lino Villaventura
funcionou como uma retrospectiva festiva de sua carreira.
(Fotos retiradas de: FFW)