“A minha roupa é muito simples, e é por essa simplicidade que consigo uma linguagem mais abrangente.”
Com
esse conceito dito por Vitorino Campos a FFW, começo a escrever sobre sua
coleção para vocês meus queridos leitores, não é segredo para ninguém que
gostei de Vitorino desde seu 1° desfile que fui por indicação de uma amiga. Nesse
primeiro momento não sabia que ele vinha da Bahia nem nada sobre sua vida,
porém a sua costura precisa e arquitetonicamente perfeita me atraiu.
E
é justamente essa costura e linguagem abrangente que o designer trabalhou na
sua coleção de verão, com o tema ruído o designer que se apresentou fora da
Bienal no estúdio de André Schiliró utilizando-se desse espaço para mostrar
como esse ruído “atrapalha” as relações sociais deixando-as fora de sintonia
com o cotidiano. A primeira vista pode parecer um tema complexo, porém nas
roupas apresentadas no desfile virtual e a imprensa não eram nada complexas e
até a cartela de cores não transmitia essa complexidade o que é um fato bem
interessante, nessa estação Vitorino trabalhou exclusivamente preto, rosa e azul
criando uma coleção atualizada e multimídia.
Destaque
também para os tecidos que se misturavam criando as roupas de uma nova mulher
que se desdobra em mil afazeres cotidianos isso funcionou perfeitamente no contexto, pois o estilista soube
dosar na medida certa nostalgia e futurismo além de sedas e metalizados criando
uma nova experiência digital seja na sua apresentação ou no vestir de suas
peças.
(Fotos: Divulgação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário