“Samuel
Cirnansck apresenta um jardim florido para o verão”
Não
fui todos os dias ao Ibirapuera, porém estive presente no desfile de Samuel
Cirnansck de quem sou um admirador do trabalho e que vi as ultimas coleções. Desde
as ninfas e egípcias e agora o jardim florido.
O
tema Flores pode parecer batido e já explorado inúmeras vezes, porém quando se
pensa nesse tema automaticamente vem à lembrança de Christian Dior que lançou a
linha Corola em 1947, mas não foi isso que aconteceu com o designer. Indo contra
saias farfalhantes e cinturas minúsculas Samuel tratou de dissecar as rosas
sejam elas brancas, amarelas, vermelhas, através de uma acertada modelagem similar
a da década de 40 com saias justas e abaixo do joelho o estilista trabalhou o
tema exalando bordados e camadas.
Essa
exaltação a beleza das rosas através de camadas lembrava muito os origamis
japoneses já que para adquirir o efeito desejado houve muita dobradura e
armações dando as peças apresentadas um efeito visual bem diferenciado. Destaco
também os últimos looks que tinham um ar de teatro e drama como se os drapeados
não fossem flores e sim cortinas teatrais. Embora a maioria dos looks fosse justa e
estruturadas houve também saias farfalhantes que chamaram atenção pelas suas
cores e estruturas, explico acontece que esses looks mais armados foram
fabricados em rosa choque, roxo e outros tons fortes o que deu um interessante
tempero na apresentação.
Os
sapatos de Jorge Bischoff também merecem menção por serem extremamente
clássicos, porém sensuais e femininos, um detalhe que me atraiu foram as
aplicações de cristais que assim como nas roupas apresentadas reluziam a cada
flash disparado pelos fotógrafos. O saldo de tudo isso é que Samuel mostra mais
uma vez ser possível criar uma roupa de festa na medida para todas sem precisar
abusar de metros de tecido tanto que não houve nenhum vestido longo Oscar uma
de suas especialidades.
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