Um
preço “High” em um produto “Low”
Moda é uma coisa boa e todo mundo
gosta não é mesmo? Imagino que sim, porém você pagaria um preço “high” por uma
peça de loja de departamentos? É o que o mercado tem pensado, ontem estive na
C&A para ver a coleção assinada por Roberto Cavalli, não estou botando em
cheque a criatividade desse estilista, e muito menos a reputação dele, porém
cobrarem 300 reais por uma camisa em loja de departamentos? Não é um pouco
demais?
Vestidos Roberto Cavalli para C&A por 799,00 |
Além de que será que tem a mesma
qualidade da boutique dele nos jardins? Possivelmente não, agora caro leitor
pense um pouco será que vale o investimento? A C&A já realizou outras
parcerias com Anne Fontaine, Stella McCartney, Farm, Adriana Barra, Amir Slama
e Issa London só para citar alguns, eram peças de design com valor agregado,
mas não proibitivo. Desde que me conheço como jornalista de moda, a função de
uma C&A, Riachuelo, Renner sempre foi democratizar a moda para a população
tornar acessível a tendência vista em uma SPFW ou Fashion Rio.
Mas ultimamente essa via tem se
tornado confusa, como a Riachuelo abrindo uma loja conceito em plena Rua Oscar
Freire em São Paulo, isso não é ruim, mas será que o consumidor está preparado
para os preços “high” dessa nova era das lojas de departamento? Além de quê
vale a pena um investimento tão grande em uma peça só por causa da assinatura? Isso
não ocorre apenas aqui recentemente Isabel Marant assinou uma coleção para a
H&M, com uma série de regras de venda a coleção sumiu em minutos das araras.
Indo diretamente para o Ebay onde uma bota assinada por ela valia o triplo do
valor praticado na H&M, valeu a pena o sufoco, a fila e o tempo contado só
pra revender a peça? Se por um lado as linhas assinadas permitem que uma maior
quantidade de gente utilize um estilo de vida, por outro cabe ao público pensar
no custo benefício, será que vale tudo isso?
(Fotos retiradas de Tá Na Moda e Vista)
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