O Art
Noveau cigano e sedutor de Helô Rocha
Depois de uma temporada sem ver a
coleção da Têca confesso que estava animado para o inverno, particularmente
sempre achei a marca muito boa com uma modelagem certeira e uma boa cartela de
tecidos. E as inspirações seguem o mesmo caminho, percebi que Helô Rocha nunca
aposta no básico, ela sempre tenta surpreender colocando algo novo na
passarela.
Nessa estação não foi diferente,
como uma continuação de seu verão das porcelanas chinesas a designer
retrabalhou todos os meandros e sutilezas da Art Noveau, a primeira vista era possível
enxergar referências a Willian Morris um dos grandes percussores do movimento
Arts & Crafts, que mais tarde se tornou o Art Noveau. Entre outras
referências era possível perceber uma atmosfera cigana da década de 70 através
de vestidos fluidos de seda e dos chapéus de aba larga que dava um toque
diferenciado a coleção.
Outro ponto interessante da coleção
foi o trabalho de textura, através do mix de tecidos a estilista conseguiu
destacar partes interessantes de suas propostas para o inverno, as estampas são
outro ponto positivo na coleção, como sempre Helô Rocha harmoniza as estampas
de uma maneira extremamente elegante e feminina. Nessa estação, por exemplo,
ela trabalhou delicadamente com flores e animais dando um aspecto primaveril
muito interessante.
Destaco por fim as saias plissadas,
sugerindo um inverno leve e até insinuante, já que atrelado a isso a designer
trabalhou a questão da transparência propondo um inverno sedutor. O toque
boêmio também esteve presente nas peças franjadas que lembraram os festivais de
música europeus com seu toque boêmio chique. Por ser inverno a estilista também
criou maxi tricôs descontraídos os quais eram o perfeito contraponto a leveza
do inverno de Helô Rocha.
(Fotos Retiradas de FFW)
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