"E a Bahia mostra na
passarela que não é só axé music e balangandã"
Olá leitores tudo bem? Depois de uns
dias corridos estou aqui de volta atualizando meu cantinho com mais SPFW, se
vocês leitores se lembram dos resumos da semana durante a temporada devem se
recordar de Vitorino Campos sim? Não? Bem então vamos lá.
Esse
SPFW de junho teve duas adesões no calendário, uma foi de Helô Rocha com a Têca
que vou falar em outro post e a outra foi a de Vitorino Campos um dos
associados da ABEST (associação brasileira de estilistas). Em sua estreia ele
resolveu apostar no atemporal e contemporâneo com alguns toques históricos além
de utilizar uma cartela de cores neutras que se conversavam entre si, é que
muitas vezes como já vi em diversas coleções o designer viaja e cria uma
cartela que não conversa com as roupas ou vice – versa. Portanto é muito
complexo combinar as duas coisas, mas Vitorino Campos conseguiu em sua estreia
na SPFW.
A coleção vista era totalmente comercial, mas era visível que havia um forte trabalho conceitual, utilizando-se de saias lápis e blusas estruturadas o designer propôs conjuntos que tinham um perfume da Chanel o que pode ser um erro mas o designer não caiu na cópia pois propôs além desse tipo de conjunto uma série de vestidos bicolores muito interessantes e contemporâneos. Merece destaque também a interessante releitura que ele propôs da linha corola de Christian Dior para quem não sabe essa linha é a qual o new look pertence, na versão apresentada pelo criador ele aparece em branco e interiço se assemelhou muito a Hupert de Givenchy o designer exclusivo de Audrey Hepburn no filme Cinderela em Paris e em toda sua carreira.
Além
do interessante trabalho de cores que poderia ser monótono ele utilizou-se
também da geometria criando interessantes combinações que lembravam losangos,
quadrados e outras formas geométricas. Lendo as críticas pós-desfile descobri
que Vitorino Campos vem do estado da Bahia e a coleção dele mostra que a Bahia
não é só carnaval e sincretismo como se espera, foi uma ótima estreia e desejo
sucesso a Vitorino e que ele continue mostrando que a Bahia não é só a terra do
axé e que lá também existe uma criação forte e contemporânea que poderia estar
tanto em Salvador quanto em São Paulo e também em Nova Iorque.
(Fotos retiradas de: http://ffw.com.br/desfiles/sao-paulo/verao-2013-rtw/vitorino-campos/754002/default/)
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