“Rodrigo Rosner vai à
Hungria, mas se perde no meio do caminho”
E
continuamos com as postagens individuais da SPFW, agora com o segundo desfile
de Rodrigo Rosner na semana de moda, para quem não se lembra em janeiro eu e
minha parceira Francine fomos ver a estreia dele na semana de moda. Gostamos muito
do que vimos com rendas e bordados bem interessantes inspirados em mariposas, borboletas
ou algo nesse estilo fauna de ser, na minha concepção naquela época ele havia
se inspirado em hipismo e futebol americano por causa dos capacetes utilizados
pelas modelos e as silhuetas que ele propôs em que as calças pareciam culotes
de montaria.
Portanto
nesse segundo desfile fui com a mesma ideia de ver uma coleção de festa, mas
sem a necessidade de ser kitsch se é que vocês me entendem, mas tive uma
decepção enorme com o desfile que foi totalmente o oposto do que ele havia
proposto no inverno e que eu particularmente havia amado e achado incrível.
Inspirado
na Hungria dos anos 40, o desfile foi uma sucessão de vestidos de festa muito
adornados e exageradamente bordados, com diversas intervenções que lembravam em
momentos flores campestres e em outros apenas acabamentos que se assemelhavam a
lingeries. Na realidade o desfile dele é um exagero visual sem a necessidade de
ser, pois hoje em dia que mulher usaria um vestido todo de renda com acabamentos
em pena estilo aquele penhoar de nossas avós? Para o designer a mulher de seu
verão é uma mistura de Val Marchiori a socialite de mulheres ricas com a
Donatella Versace que ambas vivem em uma festa constante sem hora de acabar.
Se
os detalhes das peças eram um pouco exagerados o mesmo não se pode dizer das
modelagens as quais eram simples e harmônicas, é claro que em cima de todas
aquelas penas, brocados e bordados não percebi isso de imediato, mas observando
as fotos pude reparar que a silhueta projetada por Rodrigo é extremamente
simples e próxima ao corpo, entre todos os looks chamou-me a atenção um que as
mangas eram pintadas a mão se assimilando aos kimonos japoneses. É gente se
decompormos os looks propostos com certeza teremos boas propostas para o verão
pois a Hungria de Rosner não é tão kitsch quanto pareceu na passarela.
(Fotos retiradas de: http://ffw.com.br/desfiles/sao-paulo/verao-2013-rtw/rrosner/753581/default)
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