Os Anti
– Corpos de Francisco Hurtz servem de indício para uma nova moda masculina
Eu nunca falo muito de artes
plásticas por aqui, mas não é por não gostar e sim por falta de conexão mesmo. Embora
a moda diversas vezes beba dessa referência para criar novas estruturas e
silhuetas, entre os exemplos dessa parceria está à coleção Mondrian de Yves
Saint Laurent, acontece que às vezes a arte também serve para alarmar ou
sugerir uma nova leitura de um movimento ou de uma tendência.
Esse é o caso de Anti – Corpos de
Francisco Hurtz, formado em moda e representado pelas galerias Mezanino e Emma
Thomas, o artista propõe uma nova visão e um estudo para o corpo masculino
parece estranho não é? Mas observando os desenhos de Francisco é nítido que o
artista nutre um carinho e admiração pelo nu masculino simples sem detalhes. A exposição com abertura marcada para sábado
serve de alerta para a moda masculina, não quero dizer que haverá croquis do
artista, mas sim que ela vem para propor uma nova leitura do corpo e também do jeito
desse novo homem.
Em uma temporada onde diversos
estilistas apostam no misto de gêneros, Francisco mostra que o caminho não é
bem por ai já que o homem em sua essência é diferente da mulher então por que ambos
têm que usar roupas similares? Se por um lado a roupa unissex permite uma maior variação de combinações e uma flexibilidade no guarda roupa masculino, por outro provoca uma
confusão ainda que sutil de identidade que poderá ser reencontrada e entendida
na exposição de Francisco Hurtz.
(Fotos retiradas do Facebook de Francisco Hurtz)
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