terça-feira, 2 de julho de 2013

Desconstruindo e descosturando um ícone

Raf Simons descostura a Dior


            Como vocês já devem ter percebido aqui no blog não resenho com frequência desfiles internacionais, simplesmente pelo fato de haver no mercado veículos que exploram esse filão se tornando referências, como a revista Vogue, Elle entre outras publicações. Porém resolvi resenhar sobre a coleção de alta costura da Christian Dior sob o comando de Raf Simons.

            Desfilado ontem em Paris o que se viu da coleção foi uma coisa no mínimo abstrata, contrastando com a exuberante história ele enxugou os excessos transformando o desfile em um Prêt à Porter de luxo, se fosse só por esse detalhe tudo muito bem e tudo muito bom já que ele fazia o mesmo trabalho na Jill Sander, mas quem disse que daria certo na Dior não é mesmo?


            Digamos que ele perdeu a mão e criou uma coleção estranha, cheia de desconstruções e acima de tudo mal acabada. Quando digo isso não é por achar Raf incapaz nem nada disso e sim por que ele não soube criar uma estética limpa para a alta costura da marca, diversos blogs e tumblrs apontam essas falhas estruturais nos looks mostrados em Paris.

            Na minha modesta opinião o estilista equivocou-se em limpar totalmente a alta costura da Christian Dior, se essa limpeza fosse feita gradualmente seria menos “traumatizante”, agora quanto ao acabamento cabe ao próprio Raf se atentar que nem sempre uma barra torta ou mal costurada vira um detalhe maravilhoso, e outra coisa ele tem que lembrar que esse tipo de coisa só funciona em marcas que tem essa filosofia como as japonesas e belgas.


(Fotos retiradas de Vogue Italia)

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