Raf
Simons descostura a Dior
Como vocês já devem ter percebido
aqui no blog não resenho com frequência desfiles internacionais, simplesmente
pelo fato de haver no mercado veículos que exploram esse filão se tornando
referências, como a revista Vogue, Elle entre outras publicações. Porém resolvi
resenhar sobre a coleção de alta costura da Christian Dior sob o comando de Raf
Simons.
Desfilado ontem em Paris o que se
viu da coleção foi uma coisa no mínimo abstrata, contrastando com a exuberante
história ele enxugou os excessos transformando o desfile em um Prêt à Porter de
luxo, se fosse só por esse detalhe tudo muito bem e tudo muito bom já que ele
fazia o mesmo trabalho na Jill Sander, mas quem disse que daria certo na Dior
não é mesmo?
Digamos que ele perdeu a mão e criou
uma coleção estranha, cheia de desconstruções e acima de tudo mal acabada. Quando
digo isso não é por achar Raf incapaz nem nada disso e sim por que ele não
soube criar uma estética limpa para a alta costura da marca, diversos blogs e
tumblrs apontam essas falhas estruturais nos looks mostrados em Paris.
Na minha modesta opinião o estilista
equivocou-se em limpar totalmente a alta costura da Christian Dior, se essa
limpeza fosse feita gradualmente seria menos “traumatizante”, agora quanto ao acabamento
cabe ao próprio Raf se atentar que nem sempre uma barra torta ou mal costurada
vira um detalhe maravilhoso, e outra coisa ele tem que lembrar que esse tipo de
coisa só funciona em marcas que tem essa filosofia como as japonesas e belgas.
(Fotos retiradas de Vogue Italia)
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