terça-feira, 1 de outubro de 2013

Chanel aposta no clássico urbano sem cafonice

Karl Lagerfeld transforma ícones em obras de arte e leva mademoiselle para as ruas de Paris.


            Uma das maiores discussões ultimamente é será que a moda é arte? Ou não é? Karl Lagerfeld pode estar longe desse tipo de pensamento, mas se utilizou da dúvida para o desfile de verão da Chanel no Grand Palais em Paris, esse conceito vernissage surgia desde o convite que salientava ser uma exposição e não um desfile de moda. Porém quando você chegava ao local tinha uma agradável surpresa com instalações e obras que remetiam aos ícones criados por Gabrielle “Coco”, entre os destaques estavam um robô baseado em seu icônico perfume n°5.

            Essa “mostra” servia como uma reflexão que a moda é de fato arte e que é totalmente possível desconstruir marcos para passar a mensagem. E a coleção seguiu pelo mesmo caminho, como sempre o Kaiser desconstruiu a mademoiselle dando um aspecto moderno e atual para consumidora tradicional da Chanel. Isso não quer dizer que os clássicos foram esquecidos eles apenas foram recriados com uma linguagem nova, a exemplo dos conjuntinhos de tweed que nessa coleção foram lavados dando até um toque desbotado que na passarela se mostrou bem fascinante.



            Outro ponto forte na coleção foram os jeans aos quais foi destinada uma lavagem especial, olhando mais atentamente essa lavagem era possível perceber referências à marca em um delicado degradê, além disso, o designer também mostrou mochilas pichadas de spray e mesclou todo o repertório clássico da Chanel com o streetwear mostrando que é possível que o conjuntinho de tweed vá as ruas sem parecer datado, essa é uma característica que admiro em Karl Lagerfeld, pois ele consegue coleção após coleção recriar a marca de Gabrielle “Coco” sem perder a essência e a elegância tão comentada pelos fashionistas mundo a fora. 

(Fotos retiradas de: Vogue UK

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