Karl
Lagerfeld transforma ícones em obras de arte e leva mademoiselle para as ruas de Paris.
Uma das maiores discussões
ultimamente é será que a moda é arte? Ou não é? Karl Lagerfeld pode estar longe
desse tipo de pensamento, mas se utilizou da dúvida para o desfile de verão da
Chanel no Grand Palais em Paris, esse conceito vernissage surgia desde o
convite que salientava ser uma exposição e não um desfile de moda. Porém quando
você chegava ao local tinha uma agradável surpresa com instalações e obras que
remetiam aos ícones criados por Gabrielle “Coco”, entre os destaques estavam um
robô baseado em seu icônico perfume n°5.
Essa “mostra” servia como uma
reflexão que a moda é de fato arte e que é totalmente possível desconstruir
marcos para passar a mensagem. E a coleção seguiu pelo mesmo caminho, como
sempre o Kaiser desconstruiu a mademoiselle dando um aspecto moderno e atual
para consumidora tradicional da Chanel. Isso não quer dizer que os clássicos
foram esquecidos eles apenas foram recriados com uma linguagem nova, a exemplo
dos conjuntinhos de tweed que nessa coleção foram lavados dando até um toque
desbotado que na passarela se mostrou bem fascinante.
Outro ponto forte na coleção foram
os jeans aos quais foi destinada uma lavagem especial, olhando mais atentamente
essa lavagem era possível perceber referências à marca em um delicado degradê,
além disso, o designer também mostrou mochilas pichadas de spray e mesclou todo
o repertório clássico da Chanel com o streetwear mostrando que é possível que o
conjuntinho de tweed vá as ruas sem parecer datado, essa é uma característica que
admiro em Karl Lagerfeld, pois ele consegue coleção após coleção recriar a
marca de Gabrielle “Coco” sem perder a essência e a elegância tão comentada pelos
fashionistas mundo a fora.
(Fotos retiradas de: Vogue UK)
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