Em
meio ao tédio Stéphane Rolland cria uma mulher exuberante.
Depois de tentativas frustrantes de
uma coleção de alta costura, coube a Stéphane Rolland a criação de uma coleção
digna nessa semana em Paris. É interessante observar que diferente de Chanel,
Schiaparelli, Vionnet e Dior ele não tentou recriar ou mudar a alta costura. A sua
coleção é digna de tapete vermelho quase como Donatella Versace, mas sem tantas
transparências e aplicações.
Rolland criou uma mulher chique,
rica e elegante com direito a vestidos dignos de qualquer premiação, em alguns momentos
parecia que as mulheres criadas pelo designer flutuavam na passarela como borboletas
ou aves do paraíso. Além dos longos o designer também mostrou em sua passarela
uma acertada alfaiataria na medida para a mulher contemporânea, merece menção
também a acertada cartela de cores, ao invés de criar grupos disformes como
Hussein Chalayan na Vionnet o estilista abordou as borboletas como uma evolução
alternando momentos claros e escuros.
Para conseguir e criar o efeito
borboleta, Rolland também trabalhou estruturas destacando partes chaves de cada
vestido, em alguns eram os ombros em outros os quadris e assim sucessivamente. Em
outras ocasiões poderia parecer agressivo, entretanto o designer utilizou-se
desse artifício combinado com tecidos finos e estruturados como a organza. A transparência
que já apareceu nessa temporada, também foi recriada por Rolland em um longo
branco com aplicações semelhantes a escamas ou algum tipo de proteção.
Se até o momento os desfiles estavam
tediosos e sonolentos, Stéphane Rolland conseguiu alterar essa sensação. Através
de uma coleção, simples e eficaz digna de alta costura.
(Fotos retiradas de WWD)
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