segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Paris Haute Couture: Christian Dior

Na UTI com Christian Dior



            Se a estreia de Elsa Schiaparelli foi abaixo das expectativas, o mesmo pode se dizer de Christian Dior que desfilou sua coleção no Musée Rodin. Embora a cenografia e a locação fossem bem escolhidas e harmônicas o mesmo não se refletiu na coleção de Raf Simons.

            A marca que já teve desfiles memoráveis nas mãos de John Galliano, Gianfranco Ferré, Yves Saint Laurent aparentemente ficou tímida e apática. Essa sensação de apatia e timidez fica clara quando é observada a cartela de cores da coleção apresentada hoje em Paris, ao invés de longos farfalhantes e vestidos marcantes, Raf aparentemente voltou à década de 60 e como diz um estilista amigo meu criou uma coleção sem “axé”.



            Uma das marcas dessa falta de criação foram os vestidos vazados estilo tela mosqueteira, e os macacões ao estilo Vanessa Giácomo de Amor a Vida. Porém a coleção guardava algumas surpresas, por mais desanimada que fosse a cartela Raf Simons fez um trabalho instigante com camadas de organza além de trabalhar volumes em peças de alfaiataria remetendo ao icônico tailleur Bar lançado por Dior em 1947 e já reverenciado na 1° coleção de Simons na Maison.


            Poderia citar aqui algumas referências ao trabalho de Martha Medeiros, e Gloria Coelho, entretanto há de se pensar, será que Raf Simons é realmente o estilista perfeito para criar a alta costura da Dior? Pois a coleção desfilada hoje diz o contrário. Havia o requinte necessário para uma apresentação memorável, mas não houve o cuidado e o acabamento, ressaltando que Christian Dior está na UTI e ninguém se importa com isso. 


(Fotos Retiradas de In Voga)

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