A Natureza Exuberante Encerra a Semana de Moda
Esse foi o tema trabalho pelo
estilista Zuhair Murad, porém a sua exuberância não consistia apenas em
vestidos longos e sim estava espalhada e decomposta em toda coleção, como uma
acertada e estruturada coleção de couture.
O desfile iniciou-se com uma série
de looks brancos trabalhados com renda, o interessante nesse 1° momento da
coleção foi que o estilista não foi pelo caminho da transparência, e sim
alternou peças transparentes com a clássica alfaiataria. Destaque para a calça
branca cintura alta combinada com uma blusa totalmente de renda mostrando a
diacronia existente, além disso, houve espaço também para vestidinhos brancos
com volumes que destacavam partes do corpo feminino.
E assim como o dia o desfile também
foi escurecendo, após os brancos Murad explorou o dourado, preto, rosê, azul
piscina, salmão, nude, verde, lilás para no final voltar ao branco com a
clássica nova, o desfile em si não trouxe nenhuma estrutura ou ideia nova, mas
vale mencionar que pelo menos nessa coleção houve a entrada de alguns novos
elementos do universo de Zuhair Murad como a alfaiataria.
Em cada bloco da apresentação sempre
havia algumas peças mais estruturadas que contrastavam com a leveza e magnitude
dos vestidos pelos quais o designer é conhecido. Vale destacar que ele também
apresentou uma reinterpretação de Christian Dior e o tailleur bar, na
interpretação do libanês a cintura de vespa se manteve, mas o casaco característico
saiu de cena permitindo que os ombros ficassem a mostra dando um toque de
feminilidade.
Assim como Elie Saab, Zuhair Murad
apresentou um desfile correto e eficaz, o que faltou a Schiaparelli, Vionnet,
Chanel e Dior foi justamente enxergar o óbvio. De que a alta costura não
precisa ser reinventada, e sim que ela precisa unicamente vender sonhos e
inspirar as pessoas, assim como Zuhair fez em seu desfile que encerrou com
garbo e elegância a semana de Paris.
(Fotos retiradas de Elle)
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