sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

De Onde Vem a tendência por Patrícia Sant'Anna (Parte II)

“Moda é zeitgeist”


Foi utilizando essa palavra alemã que significa “espírito do tempo”, que Patrícia Sant’Anna explicou a construção da roupa como nos conhecemos e a importância da moda como um todo. Mas antes disso ela esclareceu que para construir uma roupa é preciso que se tenha uma série de estudos, e se você domina as técnicas é mais fácil ter inovação e invenção o que atualmente falta em muitas marcas.

Entretanto antes da roupa virar o que conhecemos e gostamos, ela passa por uma série de pesquisas que podem ser divididas entre tangíveis e não tangíveis, quando ela utilizou essas palavras tradução foi como sendo o que pode ser tocado ou não. Por isso ela disse que ter um “tecidoteca” é importante já que através do tecido a roupa pode “fluir” mais facilmente, outro ponto abordado foi a pesquisa de imagens, pois através da referência imagética pode-se enxergar uma nova estrutura ou até uma reinvenção do que já foi feito.

Para ilustrar o que dizia Patrícia comentou da coleção da Rhodia que atualmente faz parte do acervo do MASP. Através do publicitário Livio Rangan a petroquímica foi uma das incentivadoras de moda da década de 50,60 e 70, organizando desfiles na FENIT (Feira Nacional da Indústria Têxtil) para os desfiles a empresa convidava costureiros como Clodovil, Dener, Ronaldo Ésper que em parceria com artistas plásticos criavam looks especiais para o desfile, ela citou a Rhodia, pois há um vestido feito com o artista plástico Aldemir Martins inspirado em um campo de futebol, segundo ela para conseguir a textura foi utilizada uma mistura de tecidos que se assemelhava a grama dos estádios.



Esse exemplo serviu também para pontuar outra observação da estudiosa, ela afirmou com todas as letras que o fim não é a cópia e sim que o fim são as fontes pesquisadas. Para isso Patrícia reforçou a necessidade do “briefing” já que através dele é possível colocar algumas limitações na criatividade para ela justamente não sair sem rumo, além disso, ela destacou também a segmentação como algo importante. Pode ser um detalhe qualquer entretanto a roupa pode ser vista como uma revista portanto é importante saber com quem e para quem se está falando ou criando, já que o publico alvo não tem um corpo e muito menos uma cara, mas há algumas coisas que influenciam o público.

Patrícia salientou que a classe social e o comportamento são os fatores que mais influenciam o público, portanto tem que se estar atento a tudo. O que facilita essa atenção é o “brainstorm” nessa parte da palestra ela explicou rapidamente como é feito um mapa mental o que facilita muito a compreender o público e principalmente as roupas que eles usariam.



Como pode ser percebido até aqui, o assunto foi vasto e consistente. Por essa razão segunda feira tem mais definições e conceitos sobre como é feita uma pesquisa de moda. 

(Fotos retiradas de Infojoia e Fashion Stalker)

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