“Moda
é zeitgeist”
Foi
utilizando essa palavra alemã que significa “espírito do tempo”, que Patrícia
Sant’Anna explicou a construção da roupa como nos conhecemos e a importância da
moda como um todo. Mas antes disso ela esclareceu que para construir uma roupa
é preciso que se tenha uma série de estudos, e se você domina as técnicas é
mais fácil ter inovação e invenção o que atualmente falta em muitas marcas.
Entretanto
antes da roupa virar o que conhecemos e gostamos, ela passa por uma série de
pesquisas que podem ser divididas entre tangíveis e não tangíveis, quando ela utilizou
essas palavras tradução foi como sendo o que pode ser tocado ou não. Por isso
ela disse que ter um “tecidoteca” é importante já que através do tecido a roupa
pode “fluir” mais facilmente, outro ponto abordado foi a pesquisa de imagens,
pois através da referência imagética pode-se enxergar uma nova estrutura ou até
uma reinvenção do que já foi feito.
Para
ilustrar o que dizia Patrícia comentou da coleção da Rhodia que atualmente faz
parte do acervo do MASP. Através do publicitário Livio Rangan a petroquímica
foi uma das incentivadoras de moda da década de 50,60 e 70, organizando desfiles na
FENIT (Feira Nacional da Indústria Têxtil) para os desfiles a empresa convidava
costureiros como Clodovil, Dener, Ronaldo Ésper que em parceria com artistas
plásticos criavam looks especiais para o desfile, ela citou a Rhodia, pois há
um vestido feito com o artista plástico Aldemir Martins inspirado em um campo
de futebol, segundo ela para conseguir a textura foi utilizada uma mistura de
tecidos que se assemelhava a grama dos estádios.
Esse
exemplo serviu também para pontuar outra observação da estudiosa, ela afirmou
com todas as letras que o fim não é a cópia e sim que o fim são as fontes
pesquisadas. Para isso Patrícia reforçou a necessidade do “briefing” já que
através dele é possível colocar algumas limitações na criatividade para ela
justamente não sair sem rumo, além disso, ela destacou também a segmentação
como algo importante. Pode ser um detalhe qualquer entretanto a roupa pode ser
vista como uma revista portanto é importante saber com quem e para quem se está
falando ou criando, já que o publico alvo não tem um corpo e muito menos uma
cara, mas há algumas coisas que influenciam o público.
Patrícia
salientou que a classe social e o comportamento são os fatores que mais influenciam
o público, portanto tem que se estar atento a tudo. O que facilita essa atenção
é o “brainstorm” nessa parte da palestra ela explicou rapidamente como é feito
um mapa mental o que facilita muito a compreender o público e principalmente as
roupas que eles usariam.
Como
pode ser percebido até aqui, o assunto foi vasto e consistente. Por essa razão
segunda feira tem mais definições e conceitos sobre como é feita uma pesquisa
de moda.
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